Por Peter Frontini
SÃO PAULO (Reuters) - A prestadora de serviços marítimos OceanPact pediu nesta sexta-feira registro para realizar uma oferta pública inicial (IPO), envolvendo distribuição primária e secundária de ações.
A companhia oferece serviços para estudo, proteção e monitoramento do mar principalmente para clientes dos setores de óleo e gás. A empresa afirma ter participado de resposta a diversas tragédias ambientais, como o vazamento de óleo da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, em 2010, e o vazamento da bacia de Santos em 2019.
Sediada no Rio de Janeiro, a OceanPact tem filiais em oito Estados brasileiros e subsidiárias na Holanda, México, Reino Unido, Noruega e Uruguai. A empresa atua nos segmentos ambiental, subsea (operações submarinas) e de logística em engenharia.
O segmento ambiental da empresa representou 54% dos 486 milhões de reais de sua receita líquida registrada nos primeiros nove meses de 2020. Subsea foi responsável por 29% da receita e o segmento de logística e engenharia por 15%.
No período, a companhia teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 133,5 milhões de reais, alta de 92% na comparação anual.
Segundo o prospecto preliminar da operação, a empresa pretende usar os recursos captados na oferta para ampliar sua frota de navios, que atualmente conta com 23 embarcações, e adquirir máquinas e equipamentos.
A OceanPact afirmou que em 2020 assinou 11 contratos com empresas como Petrobras (SA:PETR4), Petrorio (SA:PRIO3), Exxon e Karoon, totalizando backlog de contratos de cerca de 1,1 bilhão de reais para os próximos três anos. A empresa também citou que está em fase de negociação de três novos contratos com a Petrobras no valor de 605 milhões de reais para os próximos quatro anos.
A oferta será coordenada por Banco Bradesco (SA:BBDC4) BBI, Banco Itaú BBA e JP Morgan.