Por Stephen Brown
BERLIM (Reuters) - A chanceler alemã, Angela Merkel, e o ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, estão reunindo parlamentares alemães relutantes para aprovar uma extensão do resgate da Grécia, apesar das dúvidas de Schaeuble sobre a credibilidade dos mais recentes planos de reforma de Atenas.
A coalizão de Merkel tem uma maioria grande o suficiente para vencer facilmente uma votação esperada para sexta-feira sobre a extensão do resgate internacional de 240 bilhões de euros por quatro meses. A coalizão deve prevalecer, apesar de focos de resistência barulhentos na esquerda e na direita.
Schaeuble, porém, não tenta de esconder suas próprias desconfianças.
Satisfeito no papel de principal e duro financiador da zona do euro, ele disse que foi difícil aceitar as novas promessas de reforma de Atenas e fez um novo ataque contra o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pelas promessas de campanha de descartar as reformas receitadas por Berlim.
"Não foi uma decisão fácil para nós, mas também não foi fácil para o governo grego pois (eles) tinham dito às pessoas algo completamente diferente na campanha e depois dela", disse o veterano ministro à rádio SWR2 nesta quarta-feira.
"A questão agora é se seria possível acreditar nas garantias do governo grego ou não. Há muita dúvida na Alemanha, isso precisa ser entendido", disse Schaeuble.
Mesmo assim ele pediu à Câmara dos Deputados para que vote até sexta-feira, quando o resgate vai expirar, e se juntou a Merkel na terça e quarta-feira para pressionar parlamentares de coalizão.
(Por Stephen Brown e Madeline Chambers)