Investing.com – A Prio (BVMF:PRIO3) confirmou, por meio de fato relevante, que está em negociação com a Sinochem para potencial aquisição de participação no Campo de Peregrino. Ainda que analistas tenham afirmado que tal possibilidade não surpreende, as ações da empresa caíam 3,46% às 14h45 (de Brasília), cotadas a R$44,94.
A confirmação ocorre após veiculação de matéria pela Folha de S. Paulo que indicava possível anúncio de acordo para aquisição de 40% do campo, que fica na Bacia de Campos. Mas a junior oil afirmou, no entanto, que as partes não chegaram a um acordo, e também não informou valores. Segundo apuração da Folha, a operação seria entre US$1,6 bilhão até US$ 1,9 bilhão.
“Com US$ 1,2 bi em caixa, certamente Prio teria que acessar os mercados para completar os valores necessários para adquirir o campo, sobretudo se realmente também avançar sobre a parcela da Equinor. Tal movimento poderia abranger tanto novas emissões de dívidas como equity, o que entendemos que pode criar uma pressão sobre as ações da empresa no curto prazo”, avaliou a Ativa Investimentos.
A Ativa Investimentos disse que a notícia não seria uma surpresa, pois a administração teria demonstrado interesse no campo em seu último call de resultados.
“Apontamos, no entanto, que a companhia também sempre manifestou seu interesse em ser operadora dos campos em que possui participação. Neste sentido, além de negociar com a Sinochem, que dispõe de 40% do campo, Prio teria que adquirir parcial ou integralmente a fração da Equinor, que atualmente dispõe de 60% do campo e é a operadora do mesmo”, destacou a Ativa.
O banco Goldman Sachs (NYSE:GS) concorda que a notícia não é uma surpresa para os investidores e completa que a gestão da petroleira teria demonstrado preferência pela estratégia de investir em novos projetos.
“A administração da Prio argumentou anteriormente que é capaz de gerar mais valor alocando capital a maiores taxas de retorno em novos projetos (buscando TIRs de acima 20% em termos de dólar) versus remunerar os acionistas por meio de dividendos”, concluem os analistas.