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Privatização da Cemig pode levar até 6 meses na assembleia, diz CEO

Publicado 27.08.2019, 20:11
© Reuters. (Blank Headline Received)

NOVA YORK (Reuters) - A aprovação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais à privatização da elétrica Cemig (SA:CMIG4) pode levar "no máximo" seis meses, disse nesta terça-feira o presidente da empresa, Cledorvino Belini.

Belini, que falou na Bolsa de Valores de Nova York antes de tocar a campainha de fechamento, disse não haver um prazo específico, uma vez que o governo envie o plano ao legislativo estadual.

Mas ele acrescentou que o Estado precisaria de meio ano para convencer os deputados sobre a venda da fatia controladora na companhia.

"Em minha visão, o tempo necessário para isso ocorrer seria no máximo de seis meses", afirmou Belini, ponderando que o Estado precisa de tempo para negociar e estabelecer a necessidade de privatização da companhia.

No início deste mês, o executivo já havia dito que a aprovação poderia acontecer até o final de 2019.

Analistas disseram que um resultado positivo ao esforço do governador mineiro, Romeu Zema, para privatir a Cemig está longe de ser algo trivial, dado que seria necessária a aprovação por três quintos da Assembleia Legislativa ou a realização de um referendo popular.

Zema deve enviar o projeto à Assembleia Legislativa em breve, segundo o diretor financeiro da Cemig, Maurício Fernandes, que preferiu não especificar uma data.

Fernandes também disse que a Cemig está mantendo suas opções financeiras abertas tanto nos mercados locais quanto nos estrangeiros, enquanto procura comprar dívidas mais antigas.

"É mais barato operar (no Brasil) do que fora, mas ao mesmo tempo mantemos ambas as opções, pois também reconhecemos a importância do mercado aqui (em Nova York)", afirmou.

© Reuters. (Blank Headline Received)

Ele disse que parte das receitas obtidas com a venda da fatia da Cemig na elétrica Light (SA:LIGT3) está sendo utilizada para a aquisição de títulos no mercado secundário.

"Não temos apenas um caminho para seguir. Temos as opções de talvez recomprar e ao mesmo tempo lançar um novo título, dando aos investidores a opção de troca", completou o executivo.

(Reportagem de Rodrigo Campos, com reportagem adicional de Luciano Costa em São Paulo)

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