Por Senad Karaahmetovic
A Reuters publicou há poucos dias que a produção de iPhones da Apple (BVMF:AAPL34)(NASDAQ:AAPL) poderia sofrer uma queda de 30% em uma das maiores fábricas da Foxconn (TW:2354) em novembro, devido às restrições contra a Covid-19 na China.
A maior fornecedora de iPhones da Apple estava trabalhando para aumentar a produção em outras fábricas, inclusive na de Shenzen, a fim de mitigar o impacto da capacidade limitada em sua planta de Zhengzhou.
Outra reportagem publicada ontem informou que a zona econômica do aeroporto de Zhengzhou, que abriga a maior instalação de montagem de iPhones da Apple do mundo, deve ficar fechada por sete dias.
O porta-voz da Foxconn disse à CNBC que a operação e a produção da fábrica de Zhengzhou “estão relativamente estáveis, mantendo medidas de saúde e segurança para os trabalhadores.”
Analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) disseram que o impacto da situação da Covid em Zhengzhou já está “aparecendo nos tempos de espera do iPhone 14, principalmente dos modelos Pro e Pro Max, que aumentaram de cerca de sete dias na semana passada para vinte e seis dias na terça-feira, 1 de novembro”.
“Continuamos monitorando de perto os tempos de espera e dados/comentários da China para avaliar o possível impacto da Covid em Zhengzhou e esperamos que Hon Hai forneça uma atualização sobre a situação, quando apresentar a receita de outubro no fim desta semana. Para referência, prevemos 84,5M de entregas de iPhones no trimestre de dezembro, 2-3M de unidades abaixo das entregas das 87,6M de entregas implícitas nas montagens de 85M da equipe de hardware de Grande China”, disseram aos analistas em nota.
Analistas do Bank of America (NYSE:BAC) também ressaltaram que os bloqueios “aumentam os obstáculos à produção", embora seja possível que a Foxconn consiga mitigar o impacto. O aumento do tempo de espera também indica que a Apple está enfrentando “alguns transtornos na cadeia de suprimentos”, que devem ser solucionados.
“Em particular, ressaltamos que o tempo desde a encomenda até a entrega aumentou em cerca de uma semana para os modelos 14 Pro e 14 Pro-Max, passando de 18 para 25 dias na maioria dos países, inclusive China, Japão, Reino Unido, Alemanha, França e Austrália. Mantemos nossa posição neutra quanto à relação de risco-retorno”, escreveram os analistas do BofA em nota.
As ações da Apple recuavam 3,73% às 10h28 de quinta-feira, em Nova York.