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Produção de minério da Vale sobe 4,9% em 2018; analistas apontam falta de visibilidade

Publicado 26.03.2019, 17:59
Atualizado 26.03.2019, 17:59
© Reuters. Mina da Vale em Carajás (PA)

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A produção de minério de ferro da Vale (SA:VALE3) em 2018 cresceu 4,9 por cento ante o ano anterior, para 384,6 milhões de toneladas, atendendo a expectativas de analistas de mercado, que ponderaram que aguardam mais visibilidade sobre as operações da empresa ao longo deste ano.

O dado de extração foi publicado nesta terça-feira pela mineradora, em seu relatório trimestral de produção e vendas, o primeiro após o rompimento mortal da barragem de Brumadinho, que deixou mais de 300 pessoas mortas, grande parte de funcionários da própria mineradora.

Mas não foram apresentadas informações atualizadas sobre as metas para o ano, que podem sofrer impactos importantes devido à tragédia envolvendo a empresa, em 25 de janeiro, que levou a mineradora a paralisar operações em diversas minas de Minas Gerais.

A Vale divulgará na quarta-feira, após o fechamento dos mercados, seu desempenho financeiro de 2018. Na mesma data, a empresa informou que irá divulgar "detalhes extensos" sobre todas as iniciativas relacionadas ao desastre. No dia seguinte fará uma teleconferência com analistas.

"Não foram dados detalhes adicionais em relação à situação da companhia após a tragédia de Brumadinho, bem como expectativas para frente", disse a XP Investimentos, em nota a clientes. A corretora tem expectativa de ter mais informações no relatório de resultado.

Maior produtora global de minério de ferro, a Vale foi levada a paralisar capacidade anual de produção de 92,8 milhões de toneladas da commodity, por iniciativa própria ou de autoridades, após a tragédia.

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No entanto, a companhia deu sinais de que poderia ter certa margem para lidar com a situação este ano, já que informou ter vendido apenas cerca de 80 por cento do total de minério de ferro produzido no ano passado.

Em 2018, a empresa vendeu cerca de 309 milhões de toneladas da commodity, alta de 6,1 por cento ate 2017.

No quatro trimestre, o volume de vendas de finos de minério de ferro somou 80,2 milhões de toneladas, queda de 3,9 por cento ante o trimestre anterior, "como resultado de vendas que foram deliberadamente postergadas para o primeiro trimestre de 2019 para fins de otimização de margem", segundo a empresa.

Também nos três últimos meses do ano passado, a mineradora produziu 101 milhões de toneladas, queda de 3,8 por cento ante o trimestre anterior.

"Como esperado, a Vale divulgou um sólido relatório de produção em todas as suas divisões", disse o BTG Pactual (SA:BPAC11), em relatório a clientes, onde também ressaltou uma falta de visibilidade sobre a produção e os embarques de minério de ferro da Vale em 2019, após o desastre envolvendo barragem da empresa.

"A falta de visibilidade sobre a produção/embarques de minério de ferro da Vale em 2019 continua, e é (ironicamente) uma fonte chave para a tendência altista das ações (via precificação)", disse o BTG.

O relatório da Vale, com todas páginas em cinza e branco, sendo a primeira folha com o símbolo de luto, não trouxe também detalhes mais aprofundados sobre as operações de minério de ferro, como é usual. O material ainda veio menor do que em outros trimestres, com apenas nove páginas, contra 19 páginas no trimestre anterior.

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As ações da Vale fecharam em alta de 1,47 por cento.

METAIS BÁSICOS

A produção de níquel, por sua vez, somou 244,6 mil toneladas em 2018, queda de 15 por cento ante o ano anterior. Já as vendas no período somaram 236,4 mil toneladas, queda de quase 20 por cento, na mesma comparação.

"Em 2018, o negócio de níquel passou por um processo de transição para um menor 'footprint', no qual investimentos e volumes de produção foram ajustados para refletir as condições de mercado", disse a empresa.

A produção de cobre alcançou 395,5 mil toneladas em 2018, queda de 9,8 por cento ante 2017, refletindo, principalmente, a decisão estratégica da Vale de reduzir o seu perfil de produção de níquel, o que levou a menores volumes de subproduto de cobre nas operações do Atlântico Norte.

(Por Marta Nogueira; reportagem adicional de Paula Laier e Tatiana Bautzer)

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