SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa cedeu ao mau humor externo nesta terça-feira, em meio ao aumento dos temores com o cenário eleitoral norte-americano, registrando a maior queda em mais de um mês.
O Ibovespa caiu 2,46 por cento, a 63.326 pontos, após ter subido 0,56 por cento no melhor momento da sessão. A queda foi a maior desde 13 de setembro (-3,01 por cento).
O giro financeiro no pregão foi de 9,6 bilhões de reais, acima da média para o ano, de 7,15 bilhões de reais.
O mau humor no pregão ganhou força pelo fato de ser véspera de feriado nacional, no dia da reunião de política monetária do Federal Reserve. Com a alta de 11,2 por cento do Ibovespa em outubro, investidores preferiram realizar lucros.
Wall Street também ampliou as perdas, em meio a preocupações com o avanço do republicano Donald Trump nas pesquisas para a eleição dos EUA. O S&P 500 caiu 0,68 por cento.
Pesquisa ABC/Washington Post divulgada nesta terça-feira mostrou Trump 1 ponto percentual à frente da democrata Hillary Clinton na corrida à presidência do país.
DESTAQUES
- ITAÚ UNIBANCO caiu 2,9 por cento, após alta de 3,5 por cento na véspera, na esteira de dados trimestrais. BRADESCO PN recuou 2,93 por cento e BANCO DO BRASIL perdeu 4,6 por cento.
- PETROBRAS PN cedeu 4,69 por cento, PETROBRAS ON caiu 3,81 por cento, refletindo queda nos preços do petróleo. Em outubro, as ações PN da Petrobras (SA:PETR4) acumularam ganhos de 30,4 por cento.
- BM&FBOVESPA recuou 2,93 por cento. Investidores reagiram à informação de que a empresa vai provisionar 183,9 milhões de reais em razão de decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo envolvendo a Spread Corretora. O valor será reconhecido no balanço do terceiro trimestre.
- MULTIPLAN caiu 3,41 por cento, após o resultado da administradora de shopping centers, que mostrou lucro líquido de 58 milhões de reais se julho a setembro, queda de 0,9 por cento ante igual período do ano passado, afetado por aumento das despesas operacionais.
- EMBRAER (SA:EMBR3) subiu 3,5 por cento, em dia de alta do dólar. Analistas do Scotiabank elevaram o preço-alvo dos ADRs da fabricante brasileira de aviões, após a empresa divulgar balanço trimestral na véspera.
- BRASKEM PNA avançou 1,3 por cento, após a Câmara de Comércio Exterior prorrogar por até cinco anos o mecanismo de defesa do Brasil contra importações de resina de polipropileno dos EUA, atendendo pleito da empresa.
(Por Flavia Bohone)