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Investing.com – A renda fixa assume maior papel de protagonista. Com curvas de juros futuros em alta, os ativos de renda fixa locais se tornam mais atrativos, o que motiva a recomendação de sobrealocação da XP Investimentos (BVMF:XPBR31). Em relatório divulgado nesta semana, a equipe de research de renda fixa e alocação indica os passos para uma estratégia de equilíbrio entre oportunidades e riscos, mais focada em carrego, com rendimentos mais previsíveis.
A equipe de macroeconomia da XP espera que a taxa de juros básica da economia brasileira Selic chegue ao pico de 15,50% em junho de 2025, permanecendo nesse patamar até o primeiro semestre de 2026. Ou seja, sem cortes ainda neste ano.
“Se ajustados aos seus riscos medidos pela volatilidade, por exemplo, esses fatores tornaram uma maior exposição à renda fixa cada vez mais vantajosa para os portfólios”, destacam os heads de renda fixa Camilla Dolle e de alocação Rodrigo Sgavioli, com os analistas Mayara Rodrigues, Eduardo Melo, Pedro Matos e Luiz Ferreira.
Carrego ou ganho de capital? Foco no carrego, diz XP
A orientação da XP é mirar no potencial de carrego dos ativos de renda fixa, que estejam de acordo com o prazo de vencimento esperado pelo investidor e o objetivo do investimento. Outros fatores como o perfil do investidor, a qualidade de crédito e a liquidez do título, além do tamanho da alocação, considerando o crédito privado, também devem ser observados, elenca a XP.
Neste momento, os especialistas sugerem maior concentração em pós-fixados e inflação, mas com ajustes na alocação em prefixados esperada nos próximos meses.
Ao diferenciar o carrego como rendimento gerado por um ativo ao longo do tempo do ganho de capital, que seria o aumento no valor de mercado em relação ao preço de compra, a XP considera que a estratégias devem ser “mais focadas em carrego, que possuem rendimentos mais previsíveis, ao invés de perseguir maximização de resultados via ganho de capital, que tende a ser mais volátil e com rendimentos mais incertos”.
Com a marcação a mercado, a XP alerta que apesar de entender os receios dos investidores em relação a produtos que não sejam pós-fixados, não recomenda montar uma carteira concentrada somente em títulos atrelados à taxa Selic.
Ao avaliar períodos de doze meses, cinco anos e dez anos, a XP ressalta que as performances de índices de renda fixa são melhores para índices que sofreram recentemente, como o IMA-B 5.
Veja a alocação sugerida conforme perfil:
- Conservador: Para uma carteira conservadora, a XP orienta alocação de 70% em renda fixa pós-fixada, com 17,5% em renda fixa atrelada à inflação e 12,5% em outros ativos.
- Moderada: Na carteira moderada, a alocação em renda fixa pós cai para 35%, com 27,5% em inflação, adicionando 5% em renda fixa pré-fixada e aumentando exposição para outras classes para 32,5%.
- Sofisticada: Na carteira sofisticada, a renda fixa pós-fixada teria fatia de somente 15%, ampliando a alocação em ativos atrelados à inflação para 32,5%, mas diminuição da alocação em renda fixa pré-fixada para 2,5%. Outros ativos teriam uma participação de 50% do portfólio sugerido.