Buenos Aires, 17 out (EFE).- Com mais atenção nas iminentes eleições presidenciais, o peronismo comemorou neste sábado o 70º aniversário do "Dia da Lealdade Peronista".
Políticos e referenciais sociais e sindicais homenagearam nas redes sociais aquele 17 de Outubro de 1945, quando milhares de operários exigiram a liberdade de Juan Domingo Perón, que depois seria eleito presidente do país em três ocasiões.
Através do Twitter, a presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou a chegada da China dos primeiros 151 vagões novos da linha ferroviária Belgrano Cargas e o considerou "uma boa maneira de honrar o dia 17 de Outubro".
Cristina destacou que a recuperação desta linha ferroviária, vital para o transporte de grãos a partir do norte do país, faz parte do plano de investimentos estruturais realizado pelo kirchnerismo.
"Levamos #70AñosCumpliendo para continuar cumprindo muitos mais. Porque os melhores dias foram, são e serão peronistas", escreveu em sua conta da mesma rede social o candidato governista à presidência argentina, Daniel Scioli.
Scioli, favorito nas pesquisas para o pleito do dia 25 de outubro, percorreu hoje localidades da periferia do sul de Buenos Aires e, como a presidente, também reivindicou as políticas sociais kirchneristas como "a melhor maneira de comemorar estes 70 anos das bases fundacionais do peronismo".
Em um ato do Partido Justicialista portenho realizado na cidade de La Matanza, o candidato governista pediu os trabalhadores para se unirem "para conseguir a vitória" nas urnas.
O peronista dissidente Adolfo Rodriguez Saá, candidato a presidente pelo partido Compromiso Federal, também lembrou Juan Domingo Perón em um ato na província central de San Luis e pediu para se continuar com seu exemplo e "lutar pela justiça social e expatriar a pobreza da Argentina".
Inclusive o conservador Mauricio Macri, candidato presidencial pela coalizão conservadora Mudemos, fez referência ao "Dia da lealdade peronista" em um ato de campanha nos arredores da capital argentina.
Macri pediu o voto peronista ao assinalar que "a verdadeira lealdade não é ao poder, nem aos dirigentes que levantam bandeiras em benefício próprio".
O líder do Mudemos e prefeito de Buenos Aires que está saindo no dia 8 de outubro um monumento ao "general" na capital argentina que originou críticas iradas do kirchnerismo, que o acusou de "oportunista".
Nesse ato, Macri reconheceu que "na realidade" não é peronista mas, afirmou, respeita "de coração" o Justicialismo, como também é conhecido o movimento peronista.
Segundo sua opinião, o Executivo presidido por Cristina Kirchner contradiz os princípios peronistas porque "se dedica a manipular a pobreza em vez de lutar pela igualdade de oportunidades".