Bruxelas, 13 mai (EFE).- O avanço das economias da França e Itália entre janeiro e março deste ano (cujo PIB aumentou 0,6% e 0,3%, respectivamente) acelerou o crescimento econômico na zona do euro, segundo revelam os dados antecipados nesta quarta-feira pela agência comunitária de estatística Eurostat.
França e Itália passaram de uma estagnação no último trimestre de 2014 ao crescimento no primeiro deste ano.
O impulso desses dois países, assim como da Alemanha e Espanha, ajudou o PIB da zona do euro e da União Europeia (UE) a avançar 0,4% no primeiro trimestre do ano, segundo a Eurostat.
Entre outubro e dezembro do ano passado, a economia dos 19 países da moeda única tinha crescido 0,3%, enquanto o crescimento foi de 1% frente ao mesmo trimestre de 2014.
No caso dos vinte E oito, a progressão da economia no último trimestre do ano foi de 0,4% e, com relação ao mesmo período do ano anterior, alcançou 1,4%.
Na Alemanha, tradicional motor econômico da zona do euro, a progressão foi inferior à registrada no último trimestre de 2014 (0,3% contra 0,7%).
A economia espanhola cresceu 0,9% no primeiro trimestre, dois décimos a mais que no trimestre precedente, enquanto o aumento com relação aos três primeiros meses de 2014 foi de 2,6%.
"Segundo as estimativas da Eurostat, a recuperação econômica continuou na UE e na zona do euro, e se reforçou na zona do euro no primeiro trimestre de 2015", disseram à Agência Efe fontes comunitárias, que indicaram que "a taxa de crescimento na zona do euro é a mais alta desde 2013".
As fontes acrescentaram que a estimativa adiantada da Eurostat "está exatamente em linha" com as previsões de primavera 2015 da Comissão Europeia, divulgadas em 5 de maio e que "refletem as notícias positivas derivadas dos indicadores da pesquisa durante o primeiro trimestre".
Nessas previsões macroeconômicas, o Executivo comunitário revisou para cima o crescimento da economia da zona do euro e a situou para este ano em 1,5% e em 1,9% no ano de 2016, enquanto no conjunto da UE ficou fixado 1,8% e 2,1%, respectivamente.
Bruxelas justificou a revisão do crescimento pelos baixos preços do petróleo e a desvalorização do euro.
Frente à zona do euro e UE, os Estados Unidos cresceram no primeiro trimestre 0,1% em comparação com os três meses imediatamente anteriores e se for tomado como referência o período de janeiro a março de 2014, seu PIB cresceu 3%.
Entre os Estados-membros para os quais há dados disponíveis para o primeiro trimestre, Romênia e Chipre registraram o maior crescimento entre janeiro e março (1,6% em ambos casos), seguidos de Espanha e Bulgária (0,9%) e Eslováquia (0,8%).
Lituânia, Estônia, Grécia e Finlândia foram os únicos países que sofreram contrações, com 0,6%, 0,3%, 0,2% e 0,1%, respectivamente.
O retrocesso no caso da Grécia fez sua ecnomia cair de novo na recessão, após a contração de 0,4% de seu PIB nos últimos três meses de 2014, depois que o país conseguiu retormar o crescimento (com 0,7%) entre julho e setembro do ano passado.
A incerteza criada pelas dificuldades nos últimos meses para negociar com os credores internacionais um novo financiamento influenciou na situação econômica do país.
Em maio, a Comissão revisou drasticamente em baixa suas previsões de crescimento da economia grega, ao reduzir em um quinto seus anteriores cálculos e situar o avanço do PIB heleno para este ano em 0,5% contra o 2,5% anterior.
A estimativa rápida da taxa de crescimento do PIB para o primeiro trimestre de 2015 se baseia nos dados disponíveis dos Estados-membros que cobrem 97% do PIB da zona do euro, e 89% do PIB dos vinte E oito.
Os números apresentados hoje são suscetíveis a revisões na segunda estimativa do PIB, que a Eurostat publicará no começo de junho.