LONDRES (Reuters) - O site de vídeos online Rumble respondeu às preocupações levantadas por parlamentares britânicos sobre a capacidade de Russell Brand de ganhar dinheiro em seu site, depois que o comediante e ator foi acusado de uma série de agressões sexuais.
Brand usou a plataforma, onde tem 1,42 milhão de seguidores, para negar as alegações de agressão sexual no sábado, dizendo que nunca teve relações sexuais não consensuais.
A parlamentar Caroline Dinenage, presidente do Comitê de Cultura, Mídia e Esporte do Parlamento, perguntou ao presidente-executivo do Rumble, Chris Pavlovski, em uma carta, se Brand poderá monetizar seu conteúdo no site, incluindo seus vídeos relacionados às acusações.
"Em caso afirmativo, gostaríamos de saber se o Rumble pretende se juntar ao YouTube para suspender a capacidade do sr. Brand de ganhar dinheiro na plataforma?", disse ela.
Pavlovski chamou a carta de "extremamente perturbadora" e disse que era "profundamente inapropriado e perigoso que o Parlamento do Reino Unido tentasse controlar quem tem permissão para falar em nossa plataforma ou ganhar a vida com isso".
"Embora possa ser politicamente e socialmente mais fácil para o Rumble se juntar a uma multidão da cultura de cancelamento, fazer isso é uma violação dos valores e da missão da nossa empresa", disse ele em uma declaração publicada no X, anteriormente conhecido como Twitter, na noite de quarta-feira.
"Rejeitamos enfaticamente as demandas do Parlamento britânico."
O jornal Sunday Times e o documentário "Dispatches", do Channel 4 TV, noticiaram no sábado que quatro mulheres acusaram o homem de 48 anos de agressões sexuais, incluindo um estupro, entre 2006 e 2013.
O YouTube disse na terça-feira que havia bloqueado a monetização do canal de Brand no site, que tem 6,6 milhões de assinantes.
(Reportagem de Paul Sandle)