LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, alertou nesta segunda-feira que militantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque estão planejando ataques específicos contra a Grã-Bretanha e representam uma ameaça à existência do Ocidente.
Cameron fez as declarações depois que um militante islâmico matou a tiros até 30 turistas britânicos em um ataque na sexta-feira na Tunísia, que políticos da Grã-Bretanha descreveram como o pior ataque a seus cidadãos desde as bombas no metrô de Londres em 2005.
"É uma ameaça existencial porque o que está acontecendo aqui é a perversão de uma grande religião, e a criação dessa cultura venenosa da morte está seduzindo muitas mentes jovens", disse Cameron à rádio BBC.
"Há pessoas no Iraque e na Síria que estão tramando realizar atos terríveis na Grã-Bretanha e em outros lugares, e enquanto o Isil (sigla em inglês para o Estado Islâmico) existir nesses dois países nós estamos sob ameaça", disse Cameron.
O alerta internacional de terror da Grã-Bretanha está atualmente no nível "grave", o segundo mais alto e uma classificação que significa que um ataque é "altamente provável". A polícia afirma que lançou uma de suas maiores operações de combate ao terrorismo em uma década após as mortes na Tunísia.