RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Federal lançou nova etapa da operação Lava Jato nesta quinta-feira, tendo como foco das investigações o recebimento de vantagens ilícitas no âmbito da diretoria internacional da Petrobras (SA:PETR4), e a mídia informou que o ex-diretor da área Jorge Zelada foi preso no Rio de Janeiro.
Na 15ª fase da Lava Jato, denominada Conexão Mônaco, policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva no Rio e quatro mandados de busca e apreensão na capital fluminense e em Niterói (RJ), segundo nota da PF.
"Os investigados responderão pelos crimes de corrupção, fraude em licitações, desvio de verbas públicas, evasão de divisas e lavagem de dinheiro", informou a PF em comunicado.
De acordo com a mídia, o alvo do mandado de prisão é o ex-diretor da área internacional da estatal Jorge Zelada, que será levado para a Superintendência da PF em Curitiba, onde ficará à disposição da Justiça Federal.
Zelada ocupou a cadeira de diretor entre 2008 e 2012. O cargo pertencia antes a Nestor Cerveró, já condenado por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato.
Em março, Zelada teve mais de 11 milhões de euros bloqueados pela Justiça de Mônaco, a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Também já foram presos pela PF no âmbito da operação os ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa e Renato Duque.
A Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras, no qual empreiteiras teriam formado um cartel para vencer contratos de obras da estatal. Em troca, teriam pago propinas a funcionários da empresa, operadores que lavariam o dinheiro do esquema, políticos e partidos.
Além de ex-funcionários da estatal, a polícia também prendeu diversos executivos de grandes empreiteiras acusados de envolvimento no esquema, incluindo o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que comandava o maior grupo de construção e engenharia da América Latina.
(Por Pedro Fonseca)