São Paulo, 17 mai (EFE).- A Bolsa de Valores de São Paulo e o banco Santander Brasil anunciaram nesta quinta-feira a formalização de um acordo para fomentar o mercado de créditos de carbono no país, que é um dos menos dependentes de fontes não renováveis para gerar energia.
O objetivo do acordo assinado nesta quinta-feira "é estudar a criação de novos produtos baseados em créditos de carbono para sua negociação na bolsa, como contratos com derivados e produtos com dinheiro", segundo comunicado divulgado pela BM&FBovespa, empresa que opera a Bolsa de São Paulo.
As duas instituições se comprometeram a avaliar conjuntamente o desenvolvimento de tais produtos, que poderão ser lançados no mercado brasileiro ou no exterior.
As entidades realizarão estudos que permitirão sugerir as autoridades brasileiras medidas de regulação que possam impulsionar o mercado de créditos de carbono no Brasil.
"Este é um passo importante para promover o desenvolvimento do mercado de carbono local e colocar o Brasil em consonância com o cenário internacional", assegurou Roberto Campos, diretor-executivo de tesouraria do Santander Brasil.
"Estamos dando um novo passo para construir um ambiente que, a médio prazo, propiciará estandardização, transparência e liquidez aos participantes deste mercado", disse Marcelo Maziero, diretor-executivo de produtos de BM&FBOVESPA.
O mercado de emissões de créditos de carbono é um mecanismo que permite que os países mais desenvolvidos financiem projetos que reduzam ou evitem emissões de gases poluentes nas nações mais pobres.
A venda dos créditos é um dos mecanismos previstos no Protocolo de Kioto para reduzir a emissão de gases que causam o aquecimento global da terra e as mudanças climáticas. EFE