MADRID (Reuters) - O Santander (BVMF:SANB11) contratou um escritório de advocacia para investigar denúncia de que um grupo de banqueiros visitou um clube de striptease após um dia de reuniões, bem como pressionou funcionários mais jovens a comparecerem, informou o Financial Times nesta segunda-feira.
O incidente ocorreu em fevereiro, depois que a equipe global de mercados de dívida do banco realizou reuniões na sede da instituição no Reino Unido, disse o jornal, citando várias pessoas com conhecimento direto dos eventos.
Um porta-voz do Santander disse que o banco leva "todas as preocupações sobre a conduta dos funcionários extremamente a sério" e segue um "processo rigoroso" para garantir que os fatos sejam estabelecidos e que "as medidas apropriadas sejam tomadas conforme necessário".
O porta-voz disse ainda que os detalhes estavam sendo tratados "confidencialmente e, como tal, não podemos comentar mais".
Preocupações sobre a viagem e ao fato de que funcionários juniores tenham se sentido pressionados a comparecer foram levadas ao departamento de compliance do banco por um denunciante interno, informou o jornal.
Em resposta, o Santander contratou o escritório de advocacia norte-americano Gibson Dunn para conduzir uma investigação interna a fim de esclarecer os fatos do incidente.
O escritório de advocacia entrevistou até 15 pessoas envolvidas no caso - incluindo sete pessoas que foram ao clube de striptease - e concluiu que não houve pressão explícita exercida sobre funcionários juniores, segundo o Financial Times, que cita uma pessoa com conhecimento do processo.
O escritório Gibson Dunn não estava imediatamente disponível para comentar.
(Por Jesús Aguado)