Nova York, 9 jan (EFE).- O Banco de Santander divulgou nesta quarta-feira que espera obter entre US$ 1,565 e US$ 1,8 bilhão com a saída à Bolsa de sua filial de crédito ao consumo nos Estados Unidos, o Santander Consumer EUA, centrado no financiamento de automóveis.
A entidade atualizou hoje na Comissão do Bolsa de Valores dos EUA (SEC) a documentação sobre a operação, que prevê a colocação de 65,217 bilhões de ações a um preço que varia de US$ 22 a US$ 24 por título.
No entanto, os subscritores da operação (coordenados por JPMorgan e Citigroup, entre os que figuram também o próprio Santander, Bank of America, Merrill Lynch, Deutsche Bank, Barclays, Goldman Sachs ou Morgan Stanley), mantêm a opção de adquirir 9,782 milhões de ações adicionais.
Segundo a documentação apresentada, se for exercido o direito a esses títulos seriam colocados 75 milhões com um valor total de US$ 1,8 bilhão, o que representa 21,59% do capital da empresa.
Para a entidade financeira espanhola, o Santander Consumer EUA foi um dos melhores investimentos. Em 2006, o banco pagou por 90% da companhia americana US$ 826 milhões e já recebeu US$ 1,5 bilhão de dólares em dividendos.
Além disso, com a entrada em 2011 de novos sócios no Santander Consumer EUA, que adquiriram 25% do capital, a companhia recebeu uma injeção US$ 4 bilhões.
A comapnhia tem 1,6 milhões de clientes em 50 estados americanos e acordos com o grupo Chrysler e com a rede de veículos usados CarMax.
Historicamente, a financeira cresceu de forma controlada, tanto nas épocas de bonanças como nas de recessão e as perspectivas de futuro são boas, porque nos EUA são vendidos a cada ano 15 milhões de carros novos e 60 milhões usados.
Fundada em 1995, a companhia tem 3.600 empregados e teve um lucro líquido de US$ 735 milhões em 2012 graças à aliança com Chrysler, que a tornou a principal financiadora de veículos das diferentes marcas do grupo (Chrysler, Dodge, Jipe, Ram e Fiat).
Os maiores concorrentes do Santander Consumer EUA são Wells Fargo e Capital One. EFE