Bogotá, 18 mai (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, destacou neste sábado as demonstrações de apoio que recebeu do papa Francisco, do ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair, do ex-líder dos EUA Bill Clinton e do ex-presidente do Governo espanhol Felipe González aos diálogos de paz entre seu Governo e as Farc, que amanhã completam seis meses.
Santos reuniu-se na última segunda-feira com o papa no Vaticano após a canonização da primeira santa colombiana, Madre Laura, e lembrou que o pontífice ressaltou a importância de o Governo colombiano promover o "espírito do encontro" e "a reconciliação na América Latina".
"Certamente o santo padre se manifestou clara e abertamente apoiando esse desejo que temos os colombianos, após meio século de conflito, para que consigamos terminá-lo", acrescentou.
No dia seguinte, após seu retorno à Colômbia, Santos ofereceu um jantar privado a Bill Clinton, com quem teve "uma reunião bem interessante, muito importante", durante a visita do ex-mandatário americano aos projetos de sua fundação em Cartagena das Índias.
Além de expressar seu apoio, "como fizeram o ex-primeiro-ministro Blair e o ex-presidente do Governo da Espanha Felipe González", Clinton deu vários conselhos a Santos.
"Ele me disse: 'não vá embora'", relatou o presidente colombiano, que ontem revelou o desejo de que as políticas do seu Governo se perpetuem além das eleições gerais de 2014.
"O presidente Clinton também disse algo muito importante: o país segue um caminho muito bom. Ele percorre o mundo inteiro e disse: 'a Colômbia é dos países que estão obtendo mais resultados. Não vá fraquejar, não vá desviar-se, siga seu rumo'", acrescentou.
Blair, Clinton e Santos compartilham a ideologia da Terceira Via, popularizada desde a segunda metade do século passado, que propõe como modelos uma economia mista e a reforma da política. EFE