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Sem bolha nas 7 Magníficas: Ações devem apreciar, menos esta, segundo a Arbor

Publicado 01.04.2024, 18:09
Atualizado 02.04.2024, 07:00
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Investing.com – As empresas de maior capitalização do mercado, antes chamadas de FAAMG (Facebook (NASDAQ:META), Apple (NASDAQ:AAPL), Amazon (NASDAQ:AMZN), Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Google (NASDAQ:GOOGL)) agora renomeadas como as Sete Magníficas após inserção de Tesla (NASDAQ:TSLA) e Nvidia (NASDAQ:NVDA), seguem no radar dos investidores, todas superando o retorno do S&P 500 no ano passado, principalmente a Nvidia. Com investidores levantando dúvidas quanto aos preços e questionando se essas ações estariam caras ou em patamar de bolha, a Abor Capital avalia que não – e que praticamente todas elas devem se valorizar ainda mais. “De forma nenhuma a gente acha que a gente está numa bolha agora”, destaca Leonardo Otero, sócio-fundador da Arbor Capital, que falou ao Investing.com Brasil sobre o tema.

Segundo ele, as expectativas para o Google e Meta são muito menores que para Nvidia, Tesla ou Amazon. A preferida da Arbor é a Microsoft, enquanto a única que não é investida atualmente, com possível depreciação dos papéis por vir, é a Apple, que estaria com produtos e múltiplos extremamente caros, na opinião do especialista.

O fundo Arbor FIC FIA completa dez anos de cotas e grande parte dos resultados foi devido aos investimentos em big techs. A rentabilidade histórica é de 557%, enquanto a performance anualizada é de 21%. “Parte importante dos resultados dos anos foi ter comprado essas ações. Compramos Google lá em 2015, Amazon em 2015, Microsoft em 2016. Então hoje o pessoal chama de Magníficas 7, mas lá atrás, elas não eram chamadas dessa forma. A gente investe nessas empresas já faz dez anos”, completa Otero.

Confira a entrevista com o sócio da Arbor.

Investing.com – Em 2023, as 7 Magníficas superaram o retorno do S&P500. Acredita que a tendência continua ou que pode haver correção? Por quais motivos?

Leonardo Otero – No ano passado elas superaram bastante o S&P, mas, em 2022, elas haviam perdido muito do S&P, que caiu, mas elas caíram muito mais. Então, no ano passado, na verdade, foi só uma correção da queda de 2022.

De 2021 para cá, a performance é muito mais parecida com o S&P. Quando olhamos nos últimos cinco, dez, ou quinze anos, a verdade é que essas empresas tiveram um resultado muito acima do S&P ou qualquer outro índice de ação.

E, olhando para frente, a gente espera que isso continue. Investimos na maior parte das 7 Magníficas, não investimos em todas, mas cada uma tem uma característica, até é difícil colocar todas no mesmo grupo. São empresas muito diferentes, uma faz carro, outra chip utilizados em inteligência artificial (IA), a outra é uma rede social, então é um grupo até curioso, mas o mercado é assim mesmo.

Para o investidor de mais médio prazo, para investimentos de três ou mais anos, avaliamos que as empresas são de qualidade muito melhor do que uma empresa 'normal', por assim dizer.

Inv.com – Por que há questionamentos sobre uma possível bolha e qual a sua visão sobre isso?

Leonardo Otero – Por exemplo, falando de Nvidia, ela subiu tanto, que toda vez que uma ação sobe muito, o mercado 'meio' que tem o hábito de falar que é uma bolha. Em pouquíssimos casos, de fato, é uma bolha.

Nos últimos cem anos, houve poucas bolhas, são muito atípicas. De forma nenhuma a gente acha que a gente está numa bolha agora. Eu acho que investidores que não capturaram essa grande alta 'meio' que chamam de bolha para 'meio' que se desculparem. Ah, não fui eu que não mandei bem, o negócio é uma bolha. É quase uma autodefesa.

Inv.com – Das sete, qual a preferência da Arbor Capital e por quais motivos?

Leonardo Otero – Nossa preferida aqui é a Microsoft. A gente gosta muito da Microsoft, a gente investe na Microsoft desde 2016. Acreditamos que a Microsoft possui um modelo de negócio super rentável, super estabelecido. Ela é muito importante para os clientes, ela tem várias linhas de receita. Então é uma empresa que está muito bem-posicionada no segmento de software para grandes empresas.

O risco da Microsoft sofrer muito uma pressão competitivo ou alguma coisa do tipo muito baixo, porque ela além de ter muitas linhas de receita, é líder de mercado na maior parte delas. É uma empresa super diversificada do ponto de vista de número de clientes e a gente acredita que ela vai crescer muito ainda nos próximos anos e o valuation está bastante razoável. Então ela é a nossa maior posição há vários anos e continua sendo o caso.

Inv.com – Qual companhia possui mais riscos e por quais motivos?

Leonardo Otero – A Tesla. Vender carro, por mais que a gente tenha uma posição pequena na Tesla, é um negócio bastante competitivo e a ação da Tesla não é barata, negocia em um múltiplo de lucro muito mais alto do que da Microsoft, por exemplo. Então ela é uma ação que embute sim premissas de crescimento elevados. Então é uma ação que a gente sempre acompanha muito respeito porque ela pode sofrer.

Inv.com – Quais das 7 Magníficas são ou não investidas?

Leonardo Otero – A gente investe, da ordem de maior para menor, na Microsoft, na Amazon, na Meta, no Google, Nvidia e Tesla. Das sete, a única que não investimos é a Apple.

Inv.com – Mas o risco que você citou mais foi em relação a Tesla, por que esse diferencial?

Leonardo Otero – Sim, porque ela é uma ação que é cara, na uma falta de uma palavra melhor. Somos muito otimistas com a empresa, mas somos realistas de reconhecer que o papel está caro. A empresa é super madura. O market share do Iphone e de outros produtos já é gigantesco, é um produto muito caro, não enxergamos o iPhone conseguindo ser muito mais caro do que ele é hoje.

Além disso, ela negocia também numa valuation bastante alto. Na hipótese de surgir um concorrente que venha a capturar um pequeno market share, a gente acha que a ação poderia sofrer muito. Já tivemos Apple ao longo do tempo, e se mudarmos de opinião, poderíamos voltar a comprar.

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