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Setor de veículos elétricos diz que pode haver adiamento de investimentos com volta de imposto

Publicado 15.09.2023, 17:41
© Reuters. Estação de carregamento Wallbox, da Renault, é usada por um carro híbrido Renault Captur em uma concessionária em Les Sorinieres, perto de Nantes, França.
23/10/2020
REUTERS/Stephane Mahe/File Photo

SÃO PAULO (Reuters) - A associação que representa marcas de veículos elétricos que estão atuando no país principalmente via importações enquanto seus projetos de fábricas locais não ficam prontos criticou nesta sexta-feira os planos do governo de acabar com a atual isenção de Imposto de Importação, citando chance de adiamento de planos de investimentos.

Em entrevista à Reuters nesta sexta-feira, o secretário de Desenvolvimento Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Uallace Moreira, afirmou que a isenção de Imposto de Importação para veículos elétricos será extinta pelo governo em medida a ser anunciada "em breve", com a taxação subindo gradualmente ao longo de três anos até atingir uma alíquota de 35%. Segundo ele, a medida será tomada para estimular a produção local de carros com "tecnologia verde".

Mas, segundo o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Ricardo Bastos, a volta da tributação retirada em meados da década passada, além de encarecer produtos que já são atualmente caros, pode atrasar o desenvolvimento do setor dada a necessidade de se criar um mercado inicial para justificar investimentos em itens como baterias, motores e recarregadores.

"Quando se vê o mercado (de eletrificados) crescendo como está, todo mundo faz planos para aumentar modelos e para novos investimentos. Qualquer mudança de regra agora pode adiar decisão de investimentos ainda não declarados", afirmou Bastos.

A ABVE defende que a tributação retorne apenas a partir de 2025, e ao longo de cinco anos, quando a projeção é que a participação de mercado dos plugins, entre os mais populares na categoria de eletrificados nos mercados desenvolvidos, deve atingir 5%. Hoje está em 1,7%, segundo os dados da entidade, patamar que considera ainda baixo para estimular a produção local.

Bastos argumenta que, quando a penetração dos veículos plugins atingir 5% a 6% do total de vendas de novos, os consumidores já estarão mais familiarizados com a tecnologia e a infraestrutura de recarregamento estará mais disseminada.

O momento para entrada em vigor do aumento da taxação das importações ainda está em debate no governo e dependerá de definição do vice-presidente e ministro da pasta, Geraldo Alckmin, disse o secretário mais cedo.

"As vendas de veículos eletrificados no Brasil hoje são 2% do mercado, 2% não é invasão", disse o presidente da ABVE. Bastos também é diretor de relações institucionais da montadora chinesa GWM, que programa investimentos de 10 bilhões de reais no Brasil nos próximos anos.

© Reuters. Estação de carregamento Wallbox, da Renault, é usada por um carro híbrido Renault Captur em uma concessionária em Les Sorinieres, perto de Nantes, França.
23/10/2020
REUTERS/Stephane Mahe/File Photo

"(A isenção do imposto de importação) está trazendo anúncios de investimentos...Voltar com o imposto agora seria jogar fora todo o esforço que o Brasil tem feito em eletrificação, não só das montadoras, mas de fornecedores", acrescentou se referindo às indústrias de baterias e carregadores.

"Essa coisa de ficar se falando com essa visão pequena de 'invasão chinesa' tem mais a ver com questões comerciais", disse Bastos se referindo a comentários feitos este mês pela Anfavea.

 

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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