Por Ron Bousso
LONDRES (Reuters) - O lucro da Shell saltou para uma máxima em quatro anos no terceiro trimestre, impulsionado pela alta dos preços do petróleo e do gás, na medida em que a companhia acelera o seu programa de recompra de ações de 25 bilhões de dólares.
Apesar do lucro trimestral de 5,6 bilhões de dólares da empresa ter ficado levemente abaixo das previsões pelo quarto trimestre, os investidores se animaram com um aumento de quase 60 por cento na geração de caixa da Shell, para 12,1 bilhões de dólares, conforme o corte de gastos dos últimos anos mostrou resultado.
Excluindo os encargos pontuais, o fluxo de caixa foi o maior em 10 anos, a 14,7 bilhões de dólares, disse a companhia nesta quinta-feira.
"Os bons retornos operacionais em todos os negócios da Shell levaram a um dos trimestres mais fortes já registrados", disse o presidente-executivo Ben van Beurden em comunicado.
A empresa anglo-holandesa lançou um programa de três anos de recompra de ações de 25 bilhões de dólares em julho, cumprindo uma promessa de alavancar os retornos de acionistas depois da aquisição do BG Group em 2016, em uma mostra de confiança na sua projeção em geração de caixa e crescimento do lucro.
A Shell disse que completou a primeira rodada de recompras em outubro, de 2 bilhões de dólares, e estava lançando a segunda nesta quinta-feira, de até 2,5 bilhões de dólares, até 28 de janeiro.
O lucro atribuível a acionistas da petroleira no trimestre, com base no custo atual de oferta e excluindo itens identificados, subiu 39 por cento na comparação anual, para 5,624 bilhões de dólares, de 4,691 bilhões no segundo trimestre e versus um consenso de analistas providenciado pela empresa de 5,766 bilhões.
A produção de gás e petróleo da Shell caiu 2 por cento ante o ano anterior, para 3,596 milhões de barris de óleo equivalente. A produção deve subir no quarto trimestre, devido a menores manutenções, disse a Shell.
(Por Ron Bousso)