O presidente da Petrobras (SA:PETR4), general Joaquim Silva e Luna, finalizou seu discurso durante a inauguração da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados da Justiça Militar da União, no Superior Tribunal Militar (STM), afirmando que a empresa não exerce mais o monopólio e que precisa praticar preços de mercado. A poucos dias de deixar o cargo, ele reforçou o que vem falando insistentemente nos bastidores: "A aplicação de preços de mercado garante o abastecimento do País."
Ele explicou que outros importadores não trazem cargas para o mercado brasileiro se a Petrobras praticar preços abaixo do praticado lá fora, e que por isso é necessário manter os preços dos combustíveis alinhados com o mercado externo.
"É preciso que o abastecimento deixe de ser uma preocupação e passe a ser uma oportunidade para outros agentes", disse ele ao encerrar seu discurso.
Apesar de o executivo afirmar que os preços da empresa são alinhados ao mercado internacional, importadores reclamam de defasagem em relação ao Golfo do México, parâmetro para os preços dos derivados no Brasil.
Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), porém, com a queda do preço do petróleo nesta terça-feira no mercado externo, a defasagem nos portos brasileiros atualmente está zerada para a gasolina e é de apenas 3% em relação ao diesel.