PARIS (Reuters) - A maioria dos sindicatos que representam funcionários da Peugeot PSA é a favor da proposta de fusão da empresa com a Fiat Chrysler, um negócio que formará um grupo automotivo de 50 bilhões de dólares, disseram executivos da montadora francesa e representantes de metalúrgicos.
No entanto, os sindicatos afirmaram que, uma vez que o acordo de fusão for assinado, eles buscarão informações detalhadas sobre os planos para a empresa combinada.
Em reunião do conselho de administração da PSA, todos os representantes sindicais do conselho votaram a favor da fusão.
"Continuaremos vigilantes sobre o impacto social e aguardamos uma imagem mais clara e detalhada das implicações do plano para as fábricas, volume e quanto trabalho será dado às fundições", disse Franck Don, representante do sindicato CFTC.
"Mas o projeto na forma como foi apresentado faz sentido porque os dois grupos se complementam, estão em boa saúde financeira e, graças ao novo formato, atingirão um tamanho crítico que é vital para os negócios automotivos atualmente."
A fusão ajudará as empresas a reunir recursos para atenderem a novas regras mais restritivas de emissões de carbono e investimentos em veículos elétricos e autônomos, além de combater uma desaceleração mais ampla nos mercados de automóveis.
Garantir o apoio dos sindicatos da Europa será fundamental para a empresa resultante da fusão, que empregará mais de 400 mil funcionários e operará centenas de fábricas em todo o mundo, incluindo no Brasil.
O acordo despertou preocupações na Alemanha e no Reino Unido, onde as fábricas que produzem carros Opel e Vauxhall tiveram empregos cortados no ano passado como parte de um programa de redução de custos.
(Por Gilles Gillaume)