WASHINGTON (Reuters) - Quatro grandes entidades sindicais defenderam nesta segunda-feira que a agência de proteção dos consumidores e da concorrência (FTC) dos Estados Unidos se oponha à compra da Metro-Goldwyn-Mayer Studios pela Amazon (NASDAQ:AMZN), afirmando que o negócio vai reduzir a competição no mercado de streaming de vídeo.
A Amazon anunciou a oferta de 8,45 bilhões de dólares em maio, afirmando que a compra do famoso estúdio de cinema dos Estados Unidos, que detém franquias como a James Bond, daria à empresa um acervo de filmes e programas de televisão para que possa competir com rivais como Netflix (NASDAQ:NFLX) e Disney+.
Os sindicatos, em um estudo produzido por uma entidade que eles chamaram de "Strategic Organizing Center", argumentam que o negócio vai levar o acervo da Amazon para mais de 55 mil títulos, sem contar os em desenvolvimento, o que dará à empresa um incentivo maior para promover discriminação contra rivais. A Netflix tem o segundo maior catálogo, com pouco menos de 20 mil títulos, segundo o documento.
"A perspectiva da Amazon adquirir uma série de conteúdos adicionais da MGM deveria soar alarmes", afirmou o grupo. "Com o controle do vasto acervo da MGM, a Amazon vai ter suficiente poder no mercado de streaming para elevar preços para competidores ou consumidores."
As entidades sindicais --Service Employees International Union, International Brotherhood of Teamsters, Communications Workers of America e United Farmworkers-- enviaram a carta a Holly Vedova, diretora do gabinete de concorrência da FTC.
(Reportagem de Diane Bartz)