Por Gabriel Codas
Investing.com - As ações da Sinqia operam com perdas nesta quarta-feira depois de reportar que teve lucro de R$ 430 mil no primeiro trimestre, revertendo assim o prejuízo de R$ 2,34 milhões apurado no mesmo intervalo de 2019, situação que os números foram afetados por custos decorrentes de aquisições.
Por volta das 12h05, os papéis caíam 3,05% a R$ 18,46.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) registrou R$ 3,4 milhões, uma redução de 5,7%, comparado com o primeiro trimestre de 2019. A margem Ebitda ajustada ficou em 7%.
O BTG Pactual (SA:BPAC11) destaca que ninguém está imune, mas Sinqia é sem dúvida um dos nomes menos impactados pela pandemia e é uma opção com desvantagem limitada. Para os analistas, a pressão nas margens, atrasos nas fusões e aquisições e novas vendas fracas podem impedir uma nova avaliação no curto prazo. A equipe avalia que os custos de implementação acima do esperado pressionarão o EBITDA este ano, com o aumento dos investimentos se traduzirndo em uma aceleração nas receitas contratadas.
Já para o Credit Suisse, os resultados da Sinqia têm tendências positivas, como o crescimento de 28% nas receitas obtidas com as assinaturas de software. Os analistas destacam que o Ebitda foi afetado por custos mais altos de implementação (de software), mas é esperado que a velocidade de implantação de sistemas continue firme, já que existe uma demanda expressiva, até agora não afetada pela Covid-19.
O banco acredita que a Sinqia possa se beneficiar com a plataforma de pagamento instantâneo implementada pelo Banco Central, e sua exposição a grandes instituições a torna mais resiliente para enfrentar os impactos da crise da Covid-19.
O Credit Suisse manteve a classificação outperform, mas reduziu o preço-alvo de 2020 de R$ 28,00 para R$ 27,00.