Por Senad Karaahmetovic
Após queda durante o início da manhã, as ações da Snap (NYSE:SNAP) subiam 15% às 11h25 (horário de Brasília), mesmo após a revelação de que a empresa estaria se preparando para demitir 20% dos seus colaboradores. Os papéis estavam cotados a US$11,48.
Os cortes de pessoal planejados afetariam quase 1.300 funcionários, já que a Snap emprega cerca de 6.500 pessoas. O portal Verge informa que as demissões começariam hoje, com alguns setores mais “gravemente” impactados.
Entre eles está a divisão de hardware da Snap, que desenvolve produtos de realidade aumentada, além do setor de desenvolvimento de aplicativos e jogos.
Em resposta às notícias, um analista do Citi rebaixou a Snap de compra para neutra e cortou seu preço-alvo de US$ 16 para US$ 10.
“Embora o uso do Snap continue relativamente forte, rebaixamos as ações para Neutras/Alto Risco e reduzimos nossas projeções para levar em conta os obstáculos contínuos da monetização e o risco de execução”, explicou o analista em nota aos clientes.
Além das demissões, o analista também está desapontado pelo fato de o diretor-geral comercial, Jeremi Gorman, e de vendas de anúncios, Peter Naylor, deixarem a Snap para ingressar na Netflix (NASDAQ:NFLX)(BVMF:NFLX34).
Por outro lado, um analista do Bank of America calcula que as demissões podem ajudar a empresa a economizar mais de US$ 200 milhões por ano com despesas operacionais.
“A suposta saída de Gorman, em conjunto com a reorganização envolvendo demissões, pode ser prejudicial para as vendas nos próximos trimestres e provavelmente seria encarada com reticências por Wall Street. Além disso, as contratações de executivos de alto nível pela Netflix podem gerar mais preocupações concorrenciais para o setor de publicidade online”, escreveu o analista em uma nota aos clientes.
Um analista do KeyBanc diz que a saída de Gorman do Snap suscitava “mais questionamentos sobre a recuperação e o posicionamento de anúncios do Snap em relação a outras plataformas sociais”.