HANGZHOU, China (Reuters) - A Stellantis (NYSE:STLA) está buscando o máximo de flexibilidade na fabricação para lidar com possíveis taxas alfandegárias ao enfrentar os veículos elétricos (EVs) mais baratos da China com modelos de sua própria parceira chinesa de joint venture (JV) Leapmotor.
Os dois grupos disseram nesta terça-feira que a Leapmotor International JV começaria a vender dois modelos da Leapmotor na Europa a partir de setembro, por meio de uma rede inicial de 200 concessionárias.
O presidente-executivo da Stellantis, Carlos Tavares, disse que nenhuma decisão foi tomada sobre onde exatamente os EVs Leapmotor seriam construídos na Europa, mas que a qualidade e a competitividade de preços são fundamentais.
O objetivo é atrair os compradores com um modelo com preço abaixo de 20.000 euros (21.640 dólares), acrescentou Tavares, um nível que permitiria competir com modelos de rivais como a gigante chinesa BYD (SZ:002594).
Com tensões comerciais entre a China e a União Europeia sobre possíveis subsídios governamentais injustos aos fabricantes chineses de veículos elétricos, Tavares disse que a produção também pode ser alocada com base nesse cenário em evolução.
"Podemos acomodar diferentes cenários de taxas alfandegárias usando ou não, dependendo das regiões, as fábricas que temos dentro das (regiões)”, afirmou Tavares em lançamento oficial com o fundador e presidente-executivo da Leapmotor, Zhu Jiangming.
"Essa é uma parceria muito... interessante para ambas as empresas, pois podemos nos adaptar de forma flexível."
Tavares disse que a fábrica da Stellantis em Tychy, na Polônia, poderia ser uma possibilidade como unidade de produção de EVs da Leapmotor na Europa. A montadora franco-italiana já escolheu Tychy, disseram fontes à Reuters.
(Reportagem de Sarah Wu em Hangzhou, Zhang Yan em Xangai e Giulio Piovaccari em Milão; reportagem adicional de Gilles Guillaume em Paris)