Por Diane Bartz
WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pedirá nesta segunda-feira a um juiz federal que bloqueie uma fusão de 2,2 bilhões de dólares de duas das cinco maiores editoras de livros do mundo, Penguin Random House e Simon & Schuster, em um julgamento que deve ter o depoimento do escritor Stephen King.
No julgamento, o governo se concentrará não no que os consumidores pagam pelos livros, mas nos adiantamentos pagos aos autores mais bem-sucedidos, especialmente aqueles que recebem ao menos 250.000 dólares.
"As evidências mostrarão que a fusão proposta provavelmente resultaria em autores de livros mais vendidos recebendo adiantamentos menores, o que significa que autores que trabalham por anos em suas obras receberão menos por seus esforços", disse o governo em um briefing pré-julgamento.
O governo também pretende mostrar que havia preocupação entre as partes da fusão de que o negócio não é legal. Anteriormente, o governo havia divulgado um e-mail enviado pelo CEO da Simon & Schuster, Jonathan Karp, que escreveu: "Tenho certeza de que o Departamento de Justiça não permitiria que a Penguin Random House nos comprasse, mas isso supondo que ainda tenhamos um Departamento de Justiça".
King, autor de "O Iluminado", "Carrie" e outros sucessos, vai depor em favor do governo, junto com executivos de editoras e agentes de autores.
Também nesta segunda-feira, no mesmo tribunal em Washington, o Departamento de Justiça argumentará perante um juiz diferente que o acordo de 8 bilhões de dólares do UnitedHealth Group para comprar a Change Healthcare deve ser interrompido.