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Tailândia fracassa ao tentar proibir venda de estimulantes sexuais ilegais

Publicado 11.01.2013, 06:06
Atualizado 11.01.2013, 06:14

Noel Caballero.

Bangcoc, 11 jan (EFE).- A comercialização online, as baixas vendas das farmácias e os médicos corruptos colaboraram para o fracasso da tentativa do governo tailandês de acabar com a venda ilegal de estimulantes sexuais em favor do produto genérico nacional.

Após uma década de monopólio, em setembro de 2012 expirou a patente que Tailândia concedeu à multinacional farmacêutica Pfizer para comercializar o remédio vasodilatador da marca "Viagra", que catapultou a empresa para a fama mundial no começo do século.

Por causa da não renovação do contrato com a Pfizer, o governo decidiu comercializar seu próprio remédio para a disfunção erétil com o nome de "Sidegra", fabricado pela Organização Farmacêutica Governamental da Tailândia.

"A venda desse produto mais econômico ajudará a refrear a onda de remédios falsos, dará esperança às pessoas que não têm acesso a recursos caros e atenderá às crescentes necessidades da sociedade envelhecida", indicou o doutor Witit Artavatkul, diretor do organismo tailandês, durante a apresentação da pílula.

O novo remédio foi lançado em 1º de outubro a um preço de 25 bahts (R$ 1,66) por pastilha de 50 miligramas ou 45 bahts (cerca de R$ 3) pela caixa de 100 miligramas.

"O Sidegra dará aos consumidores uma alternativa segura diante dos produtos falsificados", afirmou o departamento farmacêutico, que diz ter capacidade para produzir anualmente 5 milhões de tabletes.

Desde então, pouco ou nada variou nas barracas de comércio na rua dos mercados noturnos de Bangcoc que continuam com total normalidade vendendo os frascos com o rótulo dos remédios mais procurados para combater a disfunção erétil, a maioria falsos e em muitos casos perto das ruas da cidade nas quais se concentram os locais dedicados à indústria do sexo.

"Atualmente apenas poucas farmácias vendem Sidegra devido ao rigoroso controle por parte do Governo sobre o remédio e ao baixo lucro de apenas 20 bahts (R$ 1,34) obtidos na venda do pacote de 100 miligramas", comenta à Efe o gerente de uma farmácia da capital.

Segundo o farmacêutico, todas as vendas do remédio devem ser informadas à Administração de Alimentos e Remédios da Tailândia e é preciso apresentar uma prescrição médica assinada por um doutor para adquirir o produto.

"O problema surge quando os médicos, em vez de fornecer a receita ao paciente, vendem o produto por uma quantia muito mais alta. Por que dar uma receita se eles mesmos podem embolsar um dinheiro?", queixa-se o farmacêutico.

As acusações de corrupção são frequentes nos estabelecimentos de Bangcoc, mas foram negadas pela médica Paneeya Tapaneey, do Sukhumvit Hospital, ao ser contatada pela Agência Efe.

Por sua vez, a Organização Farmacêutica Governamental se recusou a fazer qualquer comentário a respeito.

Onde se pode demonstrar a venda ilegal de Sidegra é através do comércio eletrônico, onde várias páginas de internet ofertam os pacotes de 50mg de Sidegra por 20 euros (R$ 53), o que representa um aumento de 3.200% com relação ao preço original marcado pelas autoridades.

A Tailândia se tornou um dos maiores produtores de remédios falsos contra transtornos sexuais, dos quais a maior parte é enviada a meio mundo por meios ilegais e anunciados na internet.

"As pessoas não vão às farmácias comprar estes remédios por vergonha", disse à Efe Clemence Gautier, advogada da empresa de consultoria internacional Tilleke & Guibbins.

Segundo um cálculo da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 50% de medicamentos comercializados em sites ilegais são falsos.

No melhor dos casos, o produto comprado não contém nada, mas existem alguns que podem incluir substâncias tóxicas e causar graves complicações ao consumidor.

Esses remédios, que na maior parte dos países só se obtêm com prescrição médica, têm grande demanda onde há uma grande indústria do sexo, caso da Tailândia. EFE

nc/tr

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