Os juros futuros encerraram a sessão regular desta quarta-feira, 19, em baixa firme, acompanhando o alívio do dólar e dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Tanto a moeda quanto os yields refletem um ajuste dos excessos da véspera, quando a T-note de 10 anos tocou a máxima em dois anos.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 passou de 12,097% na terça a 12,015% (regular) e 12,045% (estendida). O janeiro 2025 foi de 11,473% a 11,26% (regular) e 11,28% (estendida). O janeiro 2027 recuou de 11,452% a 11,24% (regular) e 11,29% (estendida). E o janeiro 2031 caiu de 11,571% a 11,37%(regular) e 11,45% (estendida).
Operadores comentam que os fundamentos do mercado não mudaram - ou seja, o Federal Reserve não sinalizou qualquer mudança em seu plano de voo de ajuste monetário -, mas a agenda fraca abriu espaço para correção de excessos de terça no câmbio e na renda fixa.
Na terça, por exemplo, a T-note de 10 anos caminhou até perto de 1,88% na máxima, maior taxa desde o pré-pandemia. Nesta quarta, no encerramento dos negócios em Nova York, ela estava em 1,842%. Globalmente, o dólar caiu, com o DXY - que mede a moeda americana contra seis pares fortes - a 95,5 pontos, de 95,8 pontos no pico de terça. Aqui, a moeda à vista cedeu a R$ 5,4659 (-1,70%), menor valor de fechamento desde 12 de novembro.
Internamente, agentes do mercado disseram que contribuíram à busca por risco falas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a blogueiros aliados.
O petista minimizou críticas de correligionários ao ex-governador paulista Geraldo Alckmin (sem partido), que deve ser o vice na chapa presidencial. Ele também disse que, se for necessário, vai se aliar ao centro e à centro-direita para governar.
Para esta quinta-feira, o único destaque da agenda doméstica é o leilão do Tesouro. Serão ofertadas LTNs para 1º/4/2023, 1º/4/2024 e 1º/7/2025 e NTN-Fs para 1º/1/2029 e 1º/1/2033. As quantidades são conhecidas na quinta-feira cedo.