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Taxas de juros sobem com inflação acima do consenso e avanço das commodities

Publicado 11.05.2022, 14:37
Atualizado 11.05.2022, 18:34
Taxas de juros sobem com inflação acima do consenso e avanço das commodities

A surpresa negativa com a inflação no Brasil e nos Estados Unidos pressionou para cima a curva de juros durante toda a quarta-feira, dia também de correção nas commodities, adicionando mais cautela para o cenário de preços.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou em 13,33%, de 13,274% na terça-feira no ajuste, mas o mais líquido hoje foi o DI para janeiro de 2024, cuja taxa voltou a 13%, encerrando em 13,045%, de 12,866%. A do DI para janeiro de 2025 terminou em 12,445%, de 12,299%, e a do DI para janeiro de 2027 avançou a 12,305%, de 12,185%.

O mercado esperava uma desaceleração mais forte do IPCA de abril, para 1,0%, segundo a mediana das estimativas, ante a taxa de 1,62% em março. Porém, subiu 1,06%, pico para o mês desde 1996 (1,26%), acumulando alta de 12,13% em 12 meses. Não só o índice cheio decepcionou, como também os preços de abertura superaram as medianas, com exceção de administrados em função do efeito do fim da cobrança da tarifa hídrica de energia.

A reação dos DIs foi imediata e piorando ao longo da manhã, na medida em que os Departamentos Econômicos anunciavam revisões para cima para índice em 2022 e 2023, elevando o desafio do Banco Central de recolocar a inflação na trajetória das metas. No começo da tarde, as taxas chegaram a subir mais de 20 pontos-base, nas máximas.

Para o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, o desvio do índice cheio nem foi tão forte assim e o que mais pesou na reação dos agentes foi a parte qualitativa muito ruim. "O mercado está à flor da pele, tentando precificar o que significa esta inflação para o aperto monetário", disse. Ele acredita que a partir de maio a inflação em 12 meses vai desacelerar, pela base de comparação que é muito alta. Com isso, acredita que o Copom guarda apenas mais um aumento da Selic, de 0,5 ponto, com a taxa terminal em 13,25%. "No Copom de junho, a situação da inflação deve estar mais acomodada", disse.

Em junho, o plano de voo do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), segundo o economista, também pode estar mais definido. O núcleo do CPI (0,6%), que justamente exclui itens mais voláteis, veio bem pior do que o índice cheio (0,3%), ambos superando as estimativas de 0,4% e 0,2%. Em março, o CPI tinha subido 1,2% e o núcleo, 0,3%.

Completando o quadro de apreensão, os preços do petróleo subiram nesta quarta entre 5% e 6%, e houve avanço firme de outras matérias-primas como grãos e metais, o que só piora a percepção sobre os preços.

Na curva do DI, a aposta de alta de 0,5 ponto porcentual da Selic em junho segue majoritária, com 70% de probabilidade, mas na terça superava 80%. As de aumento de 0,75 ponto cresceram para 30%, de cerca de 20% na terça. Além disso, para o Copom de agosto, a precificação já é de 30 pontos, o que mostra apostas já de 0,5 ponto. Os cálculos são do economista-chefe da Greenbay Investimentos, Flávio Serrano.

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