Paris, 26 mai (EFE).- O velho jogo de credenciar seleções rivais como favoritas em uma competição - neste caso, a Eurocopa - ganhou a adesão do técnico de uma das seleções mais temidas pelas concorrentes ao título.
Tentando passar adiante a pressão pelo favoritismo de sua própria equipe, o treinador da Alemanha, Joachim Löw, não hesitou em apontar a Espanha como a principal candidata, e se desfez em elogios ao que chamou de "mistura de talento e modéstia" dos jogadores da 'Fúria'.
"Se há um favorito para ganhar a Eurocopa, este é a Espanha, porque é a campeã do mundo e da Europa, e também porque sua seleção é praticamente formada por jogadores do Barcelona e do Real Madrid. Quando você vê a qualidade dessas duas equipes, percebe a sede de vitória da Espanha. É, sem dúvida, a melhor equipe dos últimos anos", afirmou Löw em entrevista publicada neste sábado pelo jornal francês "L'Équipe".
O técnico alemão disse ainda não acreditar que o cansaço dos jogadores espanhóis devido ao final de temporada europeu prejudicará a seleção dirigida por Vicente del Bosque na Euro.
"Já falaram sobre isso em 2010. Não me parece que rapazes como Iniesta ou Xavi sofram de cansaço. Ao contrário, mostram prazer em jogar. A cada dia parece que atuam pela primeira vez", declarou Löw.
O treinador também aproveitou a entrevista para elogiar o Barcelona.
"Não dá para jogar bem e se comportar mal. O exemplo do Barcelona me encanta, a mistura de talento e modéstia de seus jogadores. A simplicidade, o respeito para com os outros, é primordial. Então, todo mundo se identifica com sua equipe. Vencer não basta", declarou o alemão.
Mas o treinador não reservou palavras elogiosas apenas aos espanhóis. Também guardou um espaço especial para falar sobre os jogadores que comanda e seu poder de desequilíbrio nas partidas.
"Mesut Özil, Lukas Podolski e Thomas Müller têm a capacidade individual de mudar um jogo", declarou. EFE