Investing.com - Na tarde desta sexta-feira as ações da Cia. Hering operam em queda de 2,65% a R$ 14,70, após fechar apresentar resultado do segundo trimestre do ano fortemente afetado pela greve dos caminhoneiros e também pelas temperaturas mais elevadas no período.
Para a equipe do Morgan Stanley (NYSE:MS), foi um trimestre "para esquecer". De acordo com eles, os resultados do segundo trimestre estão entre os mais fracos já registrados, com queda expressiva na receita bruta em meio ao recuo nas vendas mesmas lojas e impactos da greve dos caminhoneiros, que obstruíram o fornecimento e a distribuição para as lojas e clientes.
A Coinvalores também destaca o trimestre negativo. Na visão dos analistas, com temperaturas mais altas do que a média histórica nos meses de abril e maio, principalmente no Sudeste e Sul (que representam 80% das vendas da companhia) prejudicaram o desempenho.
Além disso, o impacto da greve dos caminhoneiros em maio acabou por prejudicar a desempenho dos canais multimarcas e franquias, em razão dos cancelamentos de pedidos, além das dificuldades nos abastecimentos de lojas e entrega de matéria prima.
Outro ponto que afetou os números da companhia neste trimestre foi o cenário econômico ainda bastante desafiador. A receita líquida caiu 10,8%, com queda nas vendas mesmas lojas de 2,3%. O EBITDA reduziu 20,9% perdendo 2,1 p.p. na margem e o lucro líquido veio pior em 34,9% se comparado ao mesmo período do ano anterior.
Resultado
A Cia Hering (SA:HGTX3) teve no segundo trimestre queda de 12,7% na receita bruta, de 10,8% na receita líquida e de 2,3% nas vendas no conceito mesmas lojas, além de recuo nas margens bruta e operacional.
A fabricante e varejista de artigos de vestuário, registrou lucro líquido de R$ 57,3 milhões no segundo trimestre de 2018, uma queda de 35% na comparação com o mesmo período do ano passado. Também em base anual, a receita líquida recuou 11%, para R$ 362,3 milhões.
Segundo a empresa, em informe de resultados, o segundo trimestre foi marcado por eventos extraordinários, como temperaturas mais altas nas regiões Sul e Sudeste em abril e maio, que prejudicaram a venda das coleções frias.