SÃO PAULO (Reuters) - Maior vendedora do leilão de energia A-5 realizado nesta quinta-feira, a termelétrica Porto de Sergipe I, de 1,5 mil megawatts (MW), é um projeto do grupo Gen Power Participações e vai usar gás natural liquefeito (GNL) importado para operar, informou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
Segundo ele, os empreendedores vão instalar uma unidade de regaseificação em Sergipe, a segundo do Nordeste, para abastecer a usina, que tem investimentos estimados em 3,29 bilhões de reais.
"Estamos caminhando para aumentar a participação de térmicas e nesse sentido, o leilão foi um sucesso porque a principal fonte contratada é termelétrica. Esta usina de Sergipe representa 77 por cento da oferta do leilão", disse Tolmasquim a jornalistas.
Segundo ele, o Ministério de Minas e Energia vai estudar a possibilidade de realizar novos leilões de térmicas, diante do interesse demonstrado no certame desta quinta-feira.
"Esse leilão privilegiou a segurança no abastecimento (de energia do país)", acrescentou Tolmasquim, afirmando que o deságio registrado pela disputa, de 0,92 por cento, significou que o preço-teto foi "correto".
O presidente da EPE também reiterou o discurso de governo federal e descartou a necessidade de um racionamento de energia este ano no país, dado o atual nível dos reservatórios das principais hidrelétricas.
"Posso dizer que está descartado o racionamento este ano, porque aconteceu o previsto. Apesar de janeiro ter sido o pior janeiro da história, entrou quantidade de oferta importante de energia neste trimestre, além disso, houve redução da carga e melhora da hidrologia mais recentemente", disse Tolmasquim.
(Por Alberto Alerigi Jr.)