SÃO PAULO (Reuters) - A Terra Santa Agro, uma das maiores produtoras agrícolas do Brasil, reduzirá sua área plantada total em 2019/20 em cerca de 5%, para 148,45 mil hectares, após devolver terras arrendadas com o encerramento de contratos.
Mas a companhia, ainda assim, ampliará o plantio de algodão para quase 40 mil hectares, enquanto havia realizado 35,9 mil hectares na temporada anterior.
"A razão desta decisão é porque a Terra Santa Agro é bastante competitiva na cultura do algodão, por isso é vantajoso aumentar esta cultura", disse a companhia em nota à Reuters.
A produção no Brasil vem crescendo nos últimos anos, com safra recorde, o que permitiu ao país assumir a segunda posição entre os maiores exportadores, atrás dos EUA e à frente da Índia.
O plantio de soja da Terra Santa, por sua vez, terá redução para 80,7 mil hectares, ante 91 mil hectares na temporada anterior. O milho também terá um menor plantio, para quase 24 mil hectares, versus 28,3 mil hectares.
"A Terra Santa Agro se encontra majoritariamente no Estado do Mato Grosso e por conta disso trabalha em sistema de duas safras. A primeira safra, de soja, recebeu os impactos da devolução de arrendamentos, por isso tivemos diminuição também na área plantada dessa cultura", disse a companhia ao ser questionada sobre o assunto.
"Como na segunda safra temos a plantação de algodão e milho, a Terra Santa Agro optou por aumentar a área de algodão em detrimento do milho, e por isso o aumento em uma cultura e a diminuição da outra", acrescentou a empresa, lembrando ser bastante competitiva no algodão.
(Por Roberto Samora)