Money Times - O BTG Pactual avalia que a entrada de uma operadora de telecomunicações estrangeira no controle acionário da Oi (OIBR3; OIBR4) poderia elevar a competição no setor e ser ruim para a Tim (TIMP3).
“A entrada de um novo concorrente teria consequências terríveis para as operadoras atuais, especialmente para a Tim, que estaria competindo contra três operadoras gigantescas”, avaliam os analistas Bernardo Teixeira, Carlos Sequeira e Osni Carfi.
Diante das especulações recentes sobre o interesse da AT&T e de companhias chinesas na compra, especialmente China Mobile e Huawei, o BTG Pactual pondera que existe maior probabilidade de uma oferta asiática em relação a uma norte-americana.
Para os analistas, “a aquisição da Oi poderia ser um caminho para as operadoras chinesas evitarem que a guerra comercial entre China e EUA afete os negócios da Huawei no Brasil”. Além disso, o país está pronto para desenvolver redes com tecnologia de comunicação 5G.
Participação de mercado
Em caso de compra por alguma concorrente doméstica, Vivo (VIVT4), Tim ou Claro, o BTG Pactual calcula as mudanças na participação de mercado do setor.
“Olhando para as diferentes combinações de cenários, a combinação de Oi e Tim produziria o menor número de estados com operações dominantes”, avalia o banco, ao calcular que a integração entre as duas companhias daria liderança de mercado em 7 de 27 estados.
A recomendação é de compra para as ações da Oi, da Vivo e da Tim, com preços-alvo de R$ 3,5; R$ 54 e R$ 11,7 – respectivamente. Caso se materializem as projeções, os potenciais de valorização equivalentes são de 236,5%; 0% e 36,3% – na mesma ordem.