Por Maayan Lubell
JERUSALÉM (Reuters) - Gravações secretas, poderosos magnatas de mídia, presentes ilícitos como charutos e champanhe, traições de aliados próximos. Os três casos de corrupção que pesam sobre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu têm todos os traços dos suspenses policiais.
Na quinta-feira, depois de mais de três anos de investigações, o mais proeminente político israelense de sua geração foi acusado de corrupção, fraude e quebra de confiança.
Os investigadores não revelaram quais foram os primeiros delatores das suspeitas de corrupção contra o veterano político conservador, cujo apelido é "King Bibi", mas os informantes foram metodicamente pinçados do círculo mais próximo do premiê, entre assessores e servidores de alto nível, todos no papel de testemunhas contra ele.
O volume cada vez maior de provas foi revelado em uma série de surpreendentes vazamentos que interromperam o que os procuradores suspeitam ter sido um esquema para Bibi controlar sua imagem pública, oferecendo vantagens regulatórias favoráveis a grupos de notícias em troca de uma cobertura positiva.
O homem que liderou a investigação foi o procurador-geral de Israel, general Avichai Mandelblit, indicado por Netanyahu em 2016, depois de ter sido secretário de gabinete de Bibi desde 2013.