SÃO PAULO (Reuters) - Trabalhadores da Petrobras (SA:PETR4) em seis Estados iniciaram greve nesta quinta-feira reclamando de lentidão nas negociações com a empresa sobre salários e sobre o plano de venda de ativos, informou a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), composta por cinco sindicatos, sem relatos de impacto à produção de petróleo e derivados.
Há paralisações em São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Sergipe, Pará e Amazonas, disse a entidade.
Segundo a FNP, há forte mobilização em terminais portuários da Petrobras na região de Santos e Cubatão (SP).
Também haveria adesão de trabalhadores em plataformas nos campos de Mexilhão e Merluza, na Bacia de Santos.
A adesão na refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, seria de 100 por cento entre os funcionários do turno atual, que não entraram para trabalhar, disse o secretário-geral da FNP, Adaedson Bezerra Costa.
Segundo ele, os trabalhadores que começaram o turno na quarta-feira às 15h ainda estão na unidade, mantendo-a em funcionamento.
"A gente está impetrando um habeas corpus para tirar o pessoal de lá", disse ele à Reuters.
A Petrobras não se manifestou imediatamente sobre o assunto, nem informou se a paralisação de funcionários afeta a produção de petróleo ou o refino.
Em nota divulgada na noite de quarta-feira, a estatal disse que encaminhou às entidades sindicais uma nova proposta para as cláusulas econômicas do acordo coletivo e que vai realizar reunião com os trabalhadores na tarde desta quinta-feira.
A FNP ainda está coletando dados sobre a adesão à greve no Rio de Janeiro, Alagoas, Sergipe, Pará e Amazonas.
(Por Gustavo Bonato)