Embora a América do Norte e a Europa tenham reduzido a dependência do carvão há décadas, mercados emergentes ainda dependem fortemente desse recurso, observam analistas do Wells Fargo (NYSE:WFC).
O banco afirmou em um comunicado nesta semana que China e Índia, agora os maiores consumidores mundiais de carvão, tiveram um aumento no consumo, enquanto as economias ocidentais se voltam para energias renováveis.
Desde 2005, o uso de carvão na América do Norte e Europa caiu pela metade, enquanto na Índia quase triplicou. Juntas, China, Índia e Sudeste Asiático agora representam cerca de 75% da demanda global de carvão, em comparação com 25% em 1990.
“O carvão, apesar de suas desvantagens ambientais, continua sendo uma fonte de energia predominante em grandes partes do mundo”, escreveram os analistas do Wells Fargo, ressaltando que fontes de energia acessíveis e confiáveis são essenciais para o crescimento econômico dos mercados emergentes.
Por exemplo, o carvão representa 53% do consumo doméstico de energia da China, segundo dados do Energy Institute. Embora a China tenha começado a investir em energia verde, o Wells Fargo prevê que essa transição levará tempo até que fontes renováveis se tornem predominantes.
Os analistas reconhecem que o futuro se move em direção a combustíveis mais limpos, mas que a transição energética global ainda gerará oportunidades de investimento envolvendo hidrocarbonetos.
“Esperamos que os combustíveis fósseis continuem sendo a principal fonte de energia para muitas economias emergentes,” explicaram.
O Wells Fargo acredita que, conforme a demanda nesses mercados persista, ela deverá sustentar preços mais altos para o petróleo e o gás natural, favorecendo ainda mais os investimentos nesses setores.