Por Beatriz Garcia
SÃO PAULO (Reuters) - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ordenou a remoção de desinformação propagada por apoiadores do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais após representações apresentadas pela coligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), informou a campanha petista.
Em nota em seu site oficial, o TSE informou que determinou a remoção de publicações com conteúdo enganoso tanto contra Lula quanto contra Bolsonaro.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, concedeu seis liminares determinando a remoção de publicações de diversos perfis bolsonaristas. Os advogados da coligação de Lula disseram que a desinformação veiculada pelos perfis foi verificado por diversas agências de checagem ou pelo próprio tribunal em decisões anteriores.
As decisões determinam a retirada de conteúdos com falsas informações relacionadas à chapa de Lula das redes sociais Twitter, Tiktok e Kwai em 73 perfis indicados, sob pena de 100 mil reais em caso e descumprimento e mais 100 mil reais em caso de reincidência.
Entre as postagens afetadas pela decisão, está a informação falsa de que Lula teria usado um ponto eletrônico no último debate da campanha, promovido pela TV Globo na sexta-feira.
Outra decisão determina que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ministro das Comunicações, Fabio Faria, e a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) removam publicações com vídeos que manipularam falas de Lula para disseminar enganosamente que o candidato do PT seria contra os microempreendedores individuais (MEIs) e que teria a intenção de taxar esses trabalhadores com contribuições sindicais, segundo a campanha petista.
(Por Beatriz Garcia; Edição de Pedro Fonseca)