(Reuters) - Depois de sacudir o mercado de táxis com seu serviço de transporte urbano por aplicativo, o Uber Technologies agora está almejando os céus com táxis aéreos.
A companhia espera implementar os táxis aéreos em Dallas-Fort Worth, no Texas, e em Dubai até 2020, disse o diretor de produtos da Uber, Jeff Holden, durante o Uber Elevate Summit, em Dallas, nesta terça-feira.
Os táxis aéreos do Uber serão pequenos, elétricos e com capacidade de descolagem e aterrizagem vertical (VTOLs, na sigla em inglês), com zero emissão de poluentes e silenciosos o suficiente para operar em cidades.
O Uber estima que os táxis aéreos podem reduzir a viagem de San Francisco a San Jose para 15 minutos, ante duas horas por terra.
Em uma escala operacional preliminar, a companhia avalia que pode obter 1,32 dólar por milha (1,6 quilômetro) por cada passageiro, um pouco menos do que no UberX para uma distância similar, disse Holden. No longo prazo, a empresa espera que os custos de viagens com táxis aéreos sejam menores do que ter um carro.
O Uber, avaliado em 68 bilhões de dólares, fechou parcerias com companhias como a Bell Halicopter, Aurora, Pipistrel, Mooney e a brasileira Embraer (SA:EMBR3) para fabricar os táxis aéreos.
Em comunicado, a fabricante brasileira de aviões disse que o acordo poderá permitir o desenvolvimento e implantação de pequenos veículos elétricos com decolagem e aterrissagem vertical (VTOLs) para deslocamentos curtos no espaço urbano.
De acordo com a Embraer, essa parceria preliminar é um projeto gerado pelo Centro de Inovação de Negócios da Embraer, com sede em Melbourne, no Estado norte-americano da Flórida.
"No exercício dessa parceria, vamos desenvolver novas tecnologias, novos produtos e novos modelos de negócios que podem gerar oportunidades para a Embraer no futuro", disse o presidente-executivo da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, no comunicado.
Na mesma nota, diretor de Engenharia de Aviação do Uber, Mark Moore, destaca que a Embraer é um dos parceiros da empresa mais experientes neste segmento.
"Seu conhecimento de certificação de aeronaves com tecnologia 'fly-by-wire' (tipo de sistema de controle de voo) embarcadas e sua confiança de que eles podem igualmente tornar essa tecnologia acessível a aeronaves muito menores é um ingrediente essencial para o nosso sucesso", disse Moore.
(Por Supantha Mukherjee e Anya George Tharakan, com reportagem adicional de Paula Arend Laier de São Paulo)