Bruxelas, 13 fev (EFE).- A União Europeia (UE) e os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira negociações para criar uma zona de livre-comércio e um acordo sobre investimentos, que uma vez completado será o maior acordo comercial bilateral nunca alcançado.
"Essa iniciativa permitirá à União aumentar seu crescimento econômico anual em 0,5%", disse o presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, ao apresentar a decisão em Bruxelas.
Barroso, em um comunicado conjunto com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o futuro e "ambicioso" acordo Bruxelas e Washington contribuirá para a criação do crescimento econômico e de trabalho.
"A relação econômica transatlântica já é a maior do mundo e representa a metade da atividade econômica global, assim como um comércio de bens e serviços próximo ao trilhão de dólares, além de representar milhões de postos de trabalho a ambos lados do Atlântico", assegurou Barroso.
De Gucht detalhou que os laços econômicos das duas economias e os investimentos passam de 2 trilhões de euros.
As negociações entre os dois membros incluirão as áreas de acesso aos mercados, aspectos regulatórios e barreiras não tarifárias, assim como regras e princípios e os novos modos de cooperação para abordar os desafios e oportunidades dos principais aspectos comerciais globais.
"Já somos os parceiros comerciais mais importantes do mundo, com negócios que atingem os 2 bilhões de euros ao dia", disse De Gucht.
Em Washington, Obama anunciou na terça-feira a abertura dos diálogos "sobre um Aliança Transatlântica de Comércio e Investimento com a União Europeia, porque um comércio que seja livre e justo através do Atlântico sustenta milhões de empregos americanos bem remunerados".
Barroso afirmou que Bruxelas e Washington estão "comprometidos a reforçar esta relação em um motor para nossa prosperidade".
Através desta negociação que, segundo De Gucht começará "o mais rápido possível", Estados Unidos e a União Europeia "terão a oportunidade não só de ampliar o comércio e os investimentos a ambos os lados do Atlântico, mas também contribuir para desenvolver regras globais que reforcem o sistema de comércio multilateral". EFE