Investing.com - Os futuros do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira na esteira de dados que mostraram que a demanda chinesa pela commodity caiu em julho, renovando os temores continuidade da sobreoferta.
Em Nova York, o petróleo para entrega em setembro cedeu 2,5% para fechar a R$ 47,59 o barril, enquanto o Brent, em Londres, perdeu 2,7% e encerrou negociado a US$ 50,67 o barril.
As refinarias chinesas processaram 10,7 milhões de barris/dia em julho, segundo dados publicados pelo governo. O número representa uma queda de cerca de 500 mil barris/dia na comparação com o mês anterior e é o menor volume médio desde setembro.
A mínima de quase um ano das atividades das refinarias chinesas renovam os receios de que a sobreoferta global persiste e que os estoques devem permanecer em níveis elevados, acima da média de cinco anos, o que pressiona a cotação do petróleo.
Na semana passada, o sentimento em relação ao petróleo piorou com a publicação de um aumento na produção dos países da Opep, que somou 33 milhões de barris/dia e julho, o maior volume do ano. O aumento veio da Arábia Saudita e de Nigéria e Líbia, estes isentos do acordo de corte na produção.
O cartel e grandes exportadores se comprometeram em reduzir a oferta global de petróleo em 1,8 milhão de barris/dia em um acordo que foi estendido até março de 2018. O receio dos analistas é que os países sigam descumprindo as cotas de produção, o que provoque o fim antecipado do acordo.
Na sexta-feira, a Baker Hughes publicou seu relatório semanal de atividade de exploração nos EUA, que mostrou aumento de 3 sondas de perfuração contratadas. A sinalização de aparente teto na exploração indica que o preço do barril pode estar próximo ao mínimo atraente para incentivar nova produção nos EUA.
“A redução no ritmo de adição de sondas significa que a produção dos EUA deve começar a se estabilizar e cair”, disse Phil Flynn, analista sênior de mercado do Price Futures Group.