Por Alberto Alegiri Jr.
IPATINGA (Reuters) - A Usiminas (SA:USIM5) está trabalhando com um cenário de crescimento pequeno da economia brasileira neste ano, mas para a empresa o principal risco adiante é o político diante da incerteza sobre as eleições de outubro, afirmou o presidente do conselho de administração da siderúrgica, Elias Brito.
"Os indicadores que temos para este ano apontam para um crescimento pequeno, mas, sem dúvida, o principal risco é o político, que tipo de governo o país vai ter", disse o executivo a jornalistas durante cerimônia de acendimento do alto forno 1, nesta terça-feira.
Segundo ele, após o religamento do forno que estava desligado desde 2015, a prioridade da Usiminas é a elaboração de um plano de investimento de longo prazo da empresa, que viveu três anos de forte conflito entre os acionistas controladores, Ternium e Nippon Steel, até 2017.
"A principal análise desse plano é verificar se esse crescimento (da economia) veio para ficar....As discussões são em torno de reinvestimentos", disse Brito.
Depois de religar o alto forno 1, a Usimimas ficará ainda com a produção de aço bruto paralisada na usina de Cubatão (SP). Brito afirmou que não há conversas no conselho sobre venda da usina que paralisou suas áreas primárias em 2016 e não tem prazo para a retomada.
"Havendo permanência do crescimento é natural que se estude a retomada de Cubatão, mas hoje não há fundamentos para isso", disse o executivo.