Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O BTG Pactual (BVMF:BPAC11) considera que a operação de compra de uma fatia da Vale por parte da Cosan é positiva, segundo a análise sobre o caso enviada a clientes na sexta-feira. E reforça a sua análise de que, apesar do momento macroeconômico atual penalizar a mineradora, as ações da empresa ainda são negociadas a um preço atrativo.
O banco de investimentos acredita que a Cosan (BVMF:CSAN3) deve ter um papel pró-ativo no conselho da Vale (BVMF:VALE3) no longo prazo, o que pode pressionar por medidas focadas em energia limpa e desbloquear valor na empresa compradora.
Às 12h15, as ações da Vale caíam 0,70%, a R$ 73,47. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 0,62%, a 115.217 pontos.
“A entrada de um acionista com um extenso histórico de criação de valor em uma corporação como a Vale deve ser considerada um desenvolvimento positivo e um alerta para a comunidade de investidores que ignorou a Vale nos últimos meses, principalmente por questões macro”, destaca o BTG.
O banco considera que a Vale ainda é altamente influenciada por fatores chineses, mas a aposta de um investidor estratégico, que no caso seria a Cosan, reforça a visão do BTG de que as ações da Vale estão subvalorizadas.
“Com a economia da China se aproximando de uma taxa de crescimento de 2% em 2022, nossa visão é que o impulso deve aumentar a partir daqui, à medida que as coisas normalizarem à frente. Até os investidores bears estão prevendo um crescimento do PIB chinês de 4% em 2023, o que ajudaria toda a cadeia do aço, em nossa opinião”, afirma o BTG.
Sobre outros aspectos que envolvem a Vale, o BTG destaca o progresso realizado na segurança e alocação de capital que a empresa teve após a tragédia de Brumadinho. Para o banco, a Cosan deve estimular um posicionamento mais ativo em questões ecológicas, principalmente na transição energética.
O BTG reitera a recomendação de compra das ações da Vale, com preço-alvo em US$ 18.