SÃO PAULO, 28 Jun (Reuters) - As vendas de dispositivos eletrônicos vestíveis, conhecidos como "wearables", em canais oficiais no Brasil caíram 8,7% no primeiro trimestre do ano ante mesmo período em 2022, para 1.210.334 unidades, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pela empresa de pesquisa de mercado IDC Brasil.
Em termos de receita, os wearables movimentaram 991,2 milhões de reais nos primeiros três meses do ano, queda de 19,7% ano a ano.
Dos produtos analisados pela empresa, apenas os fones de ouvido totalmente sem fio apresentaram alta no período, de 45,3%. As vendas de fitbands recuaram 44,5%, as dos modelos premium de smartwatches caíram 44,9% e as dos modelos mais básicos retraíram 25,1%. Em headfones, houve declínio de 11,08%.
Apesar da queda no consolidado, a empresa destacou que houve alta de 11,1% nas vendas de "wearables" frente aos últimos três meses do ano passado, o que, segundo a IDC, sinaliza início de um processo de retomada de crescimento.
"A maior disponibilidade de produtos a preços cada vez mais baixos em comparação aos anos anteriores pode ser determinante na decisão de compra, assim como a introdução de novos recursos e funções nos variados tipos de dispositivos", afirmou a analista da IDC Brasil, Andreia Chopra.
A expectativa da empresa é de que o setor encerre 2023 com crescimento na maioria de suas categorias.
No chamado mercado "cinza", foram vendidas 362.640 unidades de "wearables", uma redução total de 36,8% em comparação ao primeiro trimestre de 2022.
(Por Beatriz Garcia; edição Paula Arend Laier)