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Via, Magalu e Americanas causam reações opostas no mercado após balanços do 2T22

Publicado 12.08.2022, 12:53
Atualizado 12.08.2022, 13:07
© Reuters.
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Por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - As varejistas Via (BVMF:VIIA3), Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) e Americanas (BVMF:AMER3) divulgaram na última quinta-feira, 11, os seus balanços do segundo trimestre e os resultados tiveram impactos diferentes no mercado. Enquanto as ações da dona das Casas Bahia disparam nesta sexta-feira, 12, os papéis da rede de lojas criada por LuizaTrajano apresentam ganhos um pouco mais modestos. Já a Americanas apresenta quedas, com os seus resultados mistos desagradando os investidores. 

Às 12h48, as ações da Via subiam 11,47%, a R$ 3,11, as da Magalu ganhavam 7,57%, a R$ 3,27, e as da Americanas caíam caíam 4,52%, a R$ 12,67. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 1,31%, a 111.160 pontos.

Para a XP (BVMF:XPBR31), a Americanas trouxe resultados mistos, enquanto a Magazine Luiza ainda tem dificuldade em navegar pelo cenário macroeconômico adverso, apesar de ter voltado a gerar caixa nesse 2T22. Por fim, a corretora não ficou satisfeita com o crescimento das receitas da Via, mas observa a melhora constante na rentabilidade da empresa.

Via

O GMV total da Via caiu -3,5% na comparação com o 2T21, com crescimento de vendas mesmas lojas (SSS) subindo 12%, sustentado pela recuperação do fluxo de clientes em loja e vendas recorde no Dia das Mães, explica a XP.

Esse resultado mais que compensou a pressão no canal online, com 1P e 3P tendo quedas de -22% e -19%, respectivamente, impactados pelo ambiente macroeconômico mais difícil e participação maior de produtos de cauda longa.

A Via também apresentou melhora nas margens, com o aumento nas taxas de comissão, ganhos de produtividade e otimização de despesas com marketing. A margem Ebitda ajustada foi de 9,8%, um avanço de 3,6 p.p., o que seria o principal destaque do balanço da empresa, segundo a XP.

O Lucro Líquido da Via fechou o trimestre em R$ 16 milhões, beneficiado por menores despesas financeiras e um impacto tributário positivo, enquanto o fluxo de caixa surpreendeu positivamente a XP em R$ 12 bilhões, impulsionado principalmente por ganhos de capital de giro, especialmente do lado da oferta, que pode ser explicado por negociações mais duras.

Magalu

A Magazine Luiza apresentou um crescimento de 1% no GMV total sobre o resultado do 2T21. O desempenho mostra o crescimento de 22% nos estoques de terceiros (3P), que tiveram uma  boa performance na categoria de produtos de cauda longa. Apesar disso houve uma queda nas vendas do estoque próprio, com 1P reduzindo 7%, apesar do efeito positivo da consolidação de Kabum. 

A XP considera que a margem Ebitda ajustada da Magalu ficou estável em 5,7%, com uma alta de 0,6 p.p. no ano. Para o banco digital, a estabilidade acontece por causa da desalavancagem das lojas físicas e maiores despesas do marketplace, principalmente por conta de frete e marketing. 

O maior nível de despesas financeiras frente à taxas de juros mais elevadas e o impacto negativo da Luizacred, que teve um crescimento na inadimplência, levaram a Magazine Luiza a ter um prejuízo de R$ 135 milhões, explica a XP. 

Americanas

Já sobre a terceira varejista, a XP destaca que o GMV da Americanas subiu 10,4% na comparação anual, com uma recuperação sólida do canal físico, que apresentou uma receita 27% mais alta e SSS 10% maior. Além disso, a empresa também se beneficiou da recuperação do fluxo de clientes em loja física e com a consolidação dos resultados do Hortifruti Natural da Terra.

Por outro lado, no canal online, o desempenho do estoque próprio (1P) foi o destaque negativo do resultado da Americanas, com queda de 7,6% no ano, sendo compensado pelo crescimento das vendas com estoques de terceiros (3P), que apresentou um crescimento de 18% no período.

A margem Ebitda ajustada expandiu para 12,6%, apesar da penetração do canal online ter caído -3,0p.p. para 75% do GMV, aponta a XP. A corretora explica que a varejista foi capaz de capturar as sinergias da combinação de negócios entre LAME e B2W.

Ainda assim, o prejuízo de R$ 97,9 milhões veio em linha com o esperado e foi causado pelas maiores despesas financeiras, resultado da alta das taxas de juros, enquanto o fluxo de caixa foi negativo em -R$ 540 milhões por conta da sazonalidade do trimestre e maior investimentos em bens de capital.   

 

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