Por Noah Browning
LONDRES (Reuters) - A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) pediu nesta sexta-feira que os consumidores viajem menos, compartilhem o transporte e dirijam mais devagar, parte de um plano de 10 pontos para cortar o uso de petróleo à medida que a invasão da Ucrânia pela Rússia aprofunda as preocupações com a oferta.
O plano do grupo de 31 países industrializados com sede em Paris --que não inclui a Rússia-- destaca a urgência de uma crise de oferta provocada por sanções e aversão dos compradores ao petróleo russo, o que elevou os preços dos combustíveis.
As recomendações --que incluem limites de velocidade mais baixos, trabalho em casa, dias sem carro nas cidades, transporte público mais barato e mais caronas-- podem reduzir a demanda de petróleo em 2,7 milhões de barris por dia em quatro meses, disse a IEA.
Como a maior parte da demanda de petróleo vem do transporte, afirmou a agência, o plano se concentra em "como usar menos petróleo para levar pessoas e mercadorias de A até B", com base em "medidas concretas" que já foram usadas em vários países e cidades.
Em um possível revés ao objetivo da agência de reduzir a demanda, muitos Estados membros da IEA e outros países implementaram, ou estão discutindo, subsídios para energia e combustíveis para transporte.
A AIE instou os governos a tornarem as mudanças permanentes, não apenas por razões econômicas, mas também para combater as mudanças climáticas.