Por Patrick Rucker
(Reuters) - O Wells Fargo vai pagar 1 bilhão de dólares num acordo com reguladores norte-americanos, que dizem que o banco vendeu de forma enganosa seguros a milhares de clientes e aplicou taxas excessivas a compradores de casas, disseram autoridades nesta sexta-feira.
A pena foi um recorde do Departamento de Proteção Financeira do Consumidor (CFPB) dos Estados Unidos e vem mais de 18 meses após o Wells Fargo admitir que abriu contas falsas para os clientes - prática que provavelmente enganou milhões de pessoas.
O Wells Fargo disse que o acordo reduz o lucro líquido do primeiro trimestre de 2018 em 0,16 dólar por ação, para 0,96 dólar por ação. O banco havia sinalizado possível acordo quando divulgou o balanço na semana passada e disse que pode ser necessário revisar os resultados.
A multa é a primeira de Mick Mulvaney, escolhido como chefe interino do CFPB pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em novembro, e cumpre a promessa do republicano de atacar duramente o terceiro maior credor do país.
"Vamos aplicar a lei", disse Mulvaney sobre o acordo.
Embora a multa incomode o Wells Fargo, os reguladores ofereceram ao banco algum alívio no acordo.
Empregados do Wells Fargo não foram capazes de cobrar toda a sua indenização sem aval dos reguladores desde a ordem de consentimento de 2016 em relação às contas falsas.
Essa fiscalização foi feita para bloquear bônus para executivos que participaram do escândalo. Mas a execução desses cheques sobrecarregou a equipe da OCC e atrasou pagamentos para alguns funcionários.
Sob o acordo, o OCC ainda não poderá contratar novos executivos sem uma aprovação dos reguladores.
O Wells Fargo concordou com o acordo sem admitir ou negar irregularidades.
(Por Patrick Rucker)