A Wine divulgou nesta segunda-feira, 15, os resultados da companhia referentes ao segundo trimestre de 2022. A empresa viu seu lucro líquido cair 67%, para R$ 3,8 milhões. A queda aconteceu mesmo com uma alta de 108% em seu Ebitda ajustado, que chegou a R$ 32,4 milhões. Isso porque a variação cambial e os juros sobre os investimentos da companhia pesaram no resultado financeiro.
"A companhia apresentou piora no resultado financeiro comparado ao segundo trimestre de 2021 devido, principalmente, à variação cambial passiva (atualização cambial de passivos e importações), juros sobre investimentos, juros sobre debêntures e outras despesas financeiras", informa a Wine.
A empresa disse ainda que, na linha de juros sobre investimentos, houve o impacto de juros decorrentes do acordo entre Wine e Cantu Holding (empresa adquirida), realizado no mês de junho de 2022, para capitalização da dívida de aquisição em ações na Wine.
A empresa, em meados do ano passado, levantou R$ 120 milhões em debêntures e disse estar sem pressa para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Ao Broadcast, o CEO Marcelo D'Arienzo afirmou na época que, mais à frente, a empresa avaliaria uma nova escolha entre financiar seu crescimento via IPO ou por outros caminhos.
Ganhando mercado
A receita líquida da Wine foi de R$ 193,1 milhões, um crescimento de 55,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Com o crescimento das vendas, a Wine passou de 11,52% de fatia de mercado em 2021, para 13,4% no primeiro semestre de 2022, seguindo na liderança do segmento.
O Clube Wine, modelo de assinatura baseado na economia de recorrência, bateu a marca de 344 mil assinaturas ativas, com uma adição de 74 mil novas assinaturas em relação às 270 mil registradas ao final do segundo trimestre de 2021. Um crescimento de 27%. A receita líquida do Clube Wine totalizou R$ 63,2 milhões no segundo trimestre de 2022.
Com a aquisição da Cantu Importadora, as vendas para empresas (b2b) foram ampliadas em supermercados, adegas, empórios, bares e restaurantes. Este segmento, junto com as lojas físicas da Wine, registrou R$ 95,7 milhões de receita líquida, um aumento de quase 300%, e já representa 49,5% do total da receita líquida da Wine no período.
"O sólido crescimento, mesmo neste momento em que o mercado de vinhos como um todo sente uma queda nas vendas, demonstra a escolha acertada da Companhia em desenvolver uma estratégia baseada em construir um ecossistema de vinhos ao redor do consumidor e estar presente em todas as ocasiões de compra e de consumo, onde quer que o consumidor esteja, garantindo a ele acesso ao vinho independente do canal de sua escolha", afirma Marcelo D'arienzo, CEO da Wine.