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Wiz: “Não há nenhum player segurador tão bem posicionado quanto nós”, diz CEO

Publicado 24.05.2022, 06:00
Atualizado 24.05.2022, 06:00
© Reuters.

por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - O balanço do primeiro trimestre de 2022 da Wiz (SA:WIZS3) era aguardado com expectativas do mercado, uma vez que esse seria o primeiro resultado da companhia um ano após o fim do contrato com a Caixa Econômica Federal. A distribuidora de seguros surgiu de uma demanda da instituição financeira do governo e, sem a parceria, foi necessário uma grande adaptação da companhia para manter as operações funcionando. 

Entre janeiro e março deste ano, a receita bruta da Wiz ficou em R$ 234 milhões, 88,7% superior ao do mesmo período do ano passado, descontado-se os números da Caixa. O Ebitda ajustado caiu 13,47%, para R$ 93,6 milhões, resultando em uma margem Ebitda ajustada de 43,1%, queda de 4,7 p.p.. Por fim, o lucro líquido ajustado foi de R$ 66,3 milhões, 14,7% menor que o do 1T21, com uma margem líquida ajustada de 30,9%.

O CEO da Wiz, Heverton Peixoto, explica que esses números são resultados de um processo iniciado em 2018, quando a Caixa anunciou que pretendia encerrar o seu contrato em 2021. Desde então, a empresa trocou toda a sua diretoria, investiu em novos talentos e mudou a sua cultura para se adaptar à nova realidade.

A mudança se mostrou positiva e o CEO se mostra confiante de que a Wiz terá o faturamento de R$ 1 bilhão neste ano, como previsto na faixa mais otimista do seu guidance. Peixoto destaca que a empresa cresce de forma acelerada e ainda se mantém rentável, trazendo consistência nos seus números.

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Confira os destaques da entrevista exclusiva que Heverton Peixoto, CEO da Wiz, concedeu ao Investing.com Brasil.

Investing.com - Como a Wiz vê seus resultados neste trimestre?

Heverton Peixoto - É um marco importante na nossa história porque completamos um ano sem o contrato da Caixa, que foi o que deu origem à nossa empresa e até 2018 era 76% do nosso faturamento. Então, pense numa companhia que foi criada para uma operação, para servir um ecossistema da Caixa Econômica Federal e, de repente, tem três anos para se renovar inteira, porque, em 2021, a Caixa deixou de renovar o contrato. Mas a gente fez um belo trabalho de casa, mesmo com todo o ceticismo de como seria o nosso novo shape.  Eu costumo falar que 2021 começou em 2018. 

Inv.br - Como o impacto do fim do contrato com a Caixa aparece no balanço?

HP - Nós soltamos um um balanço comparando o 1T21 e o 1T22 sem os números da Caixa. Nós tivemos uma redução de top line 7% e ainda com a margem Ebitda bem interessante de quase 44%, em uma operação que a gente tem muito orgulho de ter construído. Isso, na nossa opinião, nos coloca em uma boa perspectiva para tocar essa nova Wiz

Inv.br - Mas já é possível dizer que a Wiz de hoje está no mesmo patamar de antes, quando tinha o contrato da Caixa?

HP - Quando você pega os números consolidados da Wiz no 1T21, a gente teve o trimestre mais alto da nossa história. Para te dar uma ordem de grandeza, a gente fez uma receita de quase R$ 250 milhões e, no 2T21, quando já tem a perda da Caixa, a gente foi para R$ 245 milhões. Neste ano, sem a Caixa, a nossa receita ficou em R$ 234 milhões. Então, a gente vira a página de perda de receita já neste segundo trimestre. 

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Inv.br - Como esse nova fase vai impactar os dividendos da Wiz?

HP - A política de dividendo da companhia vai permanecer igual, que é uma visão de consistência. Assim, a gente ainda estima uma queda marginal no nosso lucro líquido, o que vai impor uma queda marginal também em dividendos. Uma outra característica importante da nossa companhia também é que a Wiz paga dividendos em um calendário muito específico. Pagamos um pedaço no segundo trimestre e outro pedaço maior no quarto trimestre do exercício posterior à divulgação de exercício. Isso não vai mudar, porque vamos manter a consistência. A gente está tentando mostrar pro mercado que apesar da gente ser high growth, a gente consegue ser muito rentável

Inv.br - O que faz a Wiz se autodenominar uma empresa de high growth?

HP - Tire a Caixa do 1T21 e compare com o 1T22. Nós tivemos 86% de crescimento. Por isso, falamos que somos high growth. Se pegar as operações, nós quase dobramos de tamanho mantendo uma alta rentabilidade. No nosso guidance divulgado no final do ano passado, deixamos claro que estamos buscando R$ 1 bilhão em faturamento em 2022 e estamos enxergando com otimismo a possibilidade disso se concretizar.

Inv.br - Teve alguma mudança interna de governança após a saída da Caixa?

HP - Tivemos uma mudança profunda, mas não foi agora, como todo mundo quer noticiar. A gente começou isso em 2018, quando esse time assumiu a companhia. Então, todos os diretores da companhia mudaram de 2018 até agora. A nossa cultura também mudou profundamente. A gente trouxe um time jovem e dinâmico para transformar a forma como a gente tratava as coisas aqui dentro e como a gente interagia com os nossos clientes e com a sociedade. Isso tudo foi transformado nesses últimos quatro anos. E os nossos números hoje são consequências dessa transformação.

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Inv.br - Há planos de aquisições para os próximos trimestres? 

HP - A gente está enxergando de forma muito conservadora o mercado de seguros e o mercado financeiro como um todo no Brasil nesse ano e no próximo. É hora de ter juízo com o dinheiro do nosso acionista. 

Inv.br - A Wiz está preocupada com o cenário de inflação no país?

HP - Seria arrogante dizer que a Wiz não vai sentir a inflação. A gente acredita que o mercado segurador como um todo vai sentir em peso a inflação e a desaceleração das vendas. Mas uma seguradora tem muita provisão e essa provisão é investida na Selic. Então, isso deve dar algum retorno, mas não é o nosso caso. Como nós somos uma empresa de venda e de distribuição, a gente não tem reserva. Então, a gente tem muito pouco de aplicação. A boa notícia é que ela é geral pro mercado inteiro e a gente acredita que não tem nenhum player tão bem posicionado hoje no mercado segurador brasileiro quanto à Wiz. Estamos crescendo e a dívida líquida é quase zero, então por mais negativo que seja o cenário macroeconômico, isso se torna positivo porque nos dá oportunidade de comprar outros, avançar com a nossa estratégia e dominar o mercado

Inv.br - Então, a Wiz está otimista para esses próximos trimestres?

HP - A gente está otimista com pessimismo. Estamos confiantes com o que temos, mas também cautelosos com os desafios que o mercado deverá ter este ano. 

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Últimos comentários

Uma das melhores oportunidades na Bolsa
boa essa empresa. porém comprar.
rsrs ausência da sandália da humildade. se colocar lupa nos relatórios surgirá algum "errinho" de r$ 60 bi. rsrs
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